sexta-feira, 22 de outubro de 2010

The Last Exorcism (2010), de Daniel Stamm


Onze anos depois de Blairwitch Project, chega-nos agora um outro filme de terror filmado em formato documentário. Com as devidas e óbvias diferenças, este The Last Exorcism faz-nos relembrar um dos mais marcantes filmes de terror de sempre, uma vez que, devido ao facto de ser inteiramente filmado do ponto de vista da câmara de um assustado cameramen, integra-nos no filme sem que se dê conta.

The Last Exorcism conta a história de Cotton Marcus, um reverendo norte-americano que fazia falsos exorcismos a quem achava estar possuído por algum tipo de entidade demoníaca. Cotton Marcus burla deliberadamente os crentes em Deus e em todo o processo do exorcismo. Até ao dia em que conhece Nell Sweetzer e a família. Através de um argumento meio atabalhoado percebemos que o problema de Nell não é Abalam, o demónio pela qual diz estar possuída, mas sim o facto de ter vivido com o pai e o irmão em regime de quase clausura numa pequena cidade do interior americano, o fanatismo religioso que se vive por lá e, juntando a isto, ainda o facto de estar grávida. Concluindo, toda a povoação pertencia a um estranho culto religioso que acabou por fazer o aborto à jovem Nell e assassinar brutalmente a equipa de filmagens e o reverendo Cotton Marcus.

Quando se pensa que o filme pode evoluir para uma crítica inteligente à vulgaridade e arcaísmo da Igreja Cristã, Nell mostra-nos a sua mente pouco sã. Apesar de ser um bom filme de terror, com cenas de fazer subir a adernalina, de fazer dar saltos na cadeira do cinema e de estar bem realizado, com uma boa fotografia e do (ainda) original formato de documentário, The Last Exorcism parece ter problemas nas sequências narrativas.

Parece que todas as histórias sobre exorcismos já foram contadas, esta, a de Nell, é só mais uma, com um desfecho diferente; incapaz de gerar consenso.

1 comentário:

  1. Acho que não diria melhor. Grande review e aconselho a quem o quer ver que não o faça no cinema... Parabéns pelo post André e continuem com o blog ;)

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