A feromona é uma substância química que despoleta certas reacções sociais em membros da mesma espécie. Capaz de alterar o comportamento dos indivíduos que estejam no mesmo espaço físico, a feromona pode ter um cariz de alarme, de procura de alimento ou mesmo sexual.
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A noite de ontem foi de concerto. No bonito e calmo Clube Ferroviário, em Santa Apolónia, os Feromona começaram por apresentar em primeiríssima mão o videoclip de Selvagem Tosco e, logo depois, no andar de baixo, começavam os primeiros riffs de guitarra. Já com uma base de fãs bastante razoável, a pequena sala TGV estava recheada de gente que procurava passar um bom bocado e até muitas que entoavam as músicas de alma e coração. Film Noir, Animal, Selvagem Tosco e, claro, Psicologia foram os temas mais vibrantes como os bons hinos rock devem ser. Além destes temas, os Feromona deram-nos a oportunidade de viajar no Narita Express até Alfama, passando por Budapeste, tudo isto ao sabor de Vodka pura, ainda em tom revolucionário, tocaram Mánif com "o povo unido jamais será vencido" lá pelo meio.
O ambiente descontraído e em constante diálogo com o público buscava um feedback nem sempre instantâneo. A atmosfera simples e amistosa é sempre o prato forte nos concertos dos Feromona, este não foi excepção. A música fluía, as bocas e piadas entre público e banda também, as t-shirts dos músicos iam saindo, os cabelos iam-se soltando e, por entre um João Gil mais tímido e recatado e um Bernardo Barata a levantar um falsete por vezes desenquadrado mas divertido, o concerto foi aumentando de intensidade, acabando em êxtase e com o "encore mais presuasivo de sempre" como foi dito pelo vocalista Diego Armés depois do público quase não o ter deixado sair de palco.
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Fotos por Marta Lemos
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