Na passada sexta-feira, dia 15 de Outubro, a Capricho Setubalense teve a honra de receber uma das bandas mais bem sucedidas da música underground portuguesa, os Devil In Me. Desta vez a casa não esteve cheia, talvez por ser sexta ou por no mesmo dia e à mesma hora os setubalenses The Doups estarem a dar um concerto bem perto deste.
Quase à hora certa, os setubalenses Blame the Skies abriram esta noite de concertos. Apresentando o novo vocalista( Alex), a banda de metalcore de Setúbal deu um mini concerto, mas que foi algo de genial. Em pouco mais de 25 minutos apresentaram aquelas que vão ser as músicas do seu primeiro EP, algumas já bem conhecidas do público. Os Blame The Skies têm talento para dar e vender, começando na bateria e acabando nas guitarras, sem nunca esquecer o baixo e as vozes. Precisam urgentemente de uma tour por Portugal, para darem a conhecer o seu talento bem pesado.
De seguida tivemos o prazer de absorver toda a energia libertada pelos Mothership, na minha opinião uma das melhores bandas que Setúbal ofereceu nos últimos anos. Praticando um rock/metal progressivo, os Mothership apresentaram-se com uma novidade, um teclista, que cria um novo ambiente em torno da banda, favorecendo toda a música. É difícil destacar apenas uma coisa na banda e seria injusto referir apenas um membro, pois são todos grandes músicos, mas a bateria é o motor de todo este engenho artístico, roçando a perfeição e nunca falhando os tempos. Esta é uma banda que precisa urgentemente de concertos em Lisboa, esse local onde estarão a maior parte dos seus ouvintes, pois Setúbal não é uma boa cidade para o rock progressivo.
Os Hills Have Eyes deram um espectáculo imenso, com todo o seu poderio e coesão, transformando-se cada vez mais num símbolo musical da cidade, percorrendo o mesmo caminho que os More Than A Thousand.
Para o final da noite tivemos os cabeças de cartaz: Devil In Me. Nome poderoso no mundo da música nacional underground, nomeadamente no hardcore. Estes rapazes têm vários dons, um deles é de entusiasmar rapidamente as plateias por onde passam, e Setúbal não lhes é indiferente, pelo contrário, há um grande núcleo de fãs dos Devil In Me. O concerto em si foi o esperado, muita energia, muito contacto com o público, o chão da Capricho a balançar e muito, muito hardcore.
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