terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Um tributo ao "Lobo" radiofónico.


Há dois anos atrás, os jornais portugueses anunciavam a morte do radialista António Sérgio. Homem conhecido pela sua dedicação à cultura e pelos seus programas de rádio, como “ Rotação” (entre 1977-1980), que lançou bandas portuguesas como Xutos e Pontapés ou a “ Hora do Lobo” (1997-2007), programa dedicado às orlas menos conhecidas do pop-rock. Passados dois anos, António Sérgio comemoraria 61 anos se fosse vivo. E é com o objectivo de homenagear o auxílio que este deu à música portuguesa, que se realizou no Cinema São Jorge, na passada sexta-feira, dia 14 de Janeiro, pelas 20h00, o tributo a António Sérgio intitulado de “ AS 61” . O espectáculo esgotou facilmente e a sala encontrava-se lotada com pessoas de todas as faixas etárias.

O concerto deu início com Dead Combo que trouxeram a sua melodia tocante, misturando fado com música de Western. Os Golpes vieram de seguida com as músicas do seu novo álbum, animando a sala com “ Vá lá senhora” . Quando acabaram de tocar, o palco foi alterado, acrescentando uma bateria para que Hélio Morais pudesse dar todo o espírito instrumental que sabe dar, juntamente com a sua banda. Os Linda Martini além de tocarem as músicas do seu novo álbum, “ Juventude sónica “ e “ Amigos mortais”, tocaram também um cover da “Sémen” de Xutos e Pontapés como prenda por António Sérgio ter lançado a banda de Zé Pedro e Tim.

Seguido dos Linda Martini, vieram os clássicos de Peste & Sida que fizeram com que a maioria dos espectadores se levantassem da cadeira, para cantar e dançar ao som da popular música dos anos 90, “ Sol da Caparica”. Mais uma mudança se realizava para a próxima actuação, colocando mais pratos na bateria e assoberbando o palco com guitarras e baixos de cor preta. Os Moonspell eram os próximos. A banda decidiu tocar as músicas que António Sérgio costumava passar na rádio. O público abanava a cabeça com fervor ao som da voz grossa de Fernando Ribeiro e das guitarras que emitiam um som grandioso e estrondoso. Por fim, actuaram os míticos Xutos e Pontapés, recordando o eterno rock português.

E assim, a noite foi marcada pela recordação de António Sérgio através de bandas que marcam o passado, o presente e o futuro da música portuguesa que ainda tem muito para dar.

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