segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Arch Enemy (Angela Gossow) - Entrevista - Versão Portuguesa


Arch Enemy (Angela Gossow) - Entrevista - Versão Portuguesa

Com dezasseis anos cheios de trabalho intensivo e a aclamação mundial, os Arch Enemy são actualmente uma das maiores bandas de Metal dos nossos tempos. Praticando um Death Metal Melódico, a banda impressiona em todos os concertos com a sua força e fúria, personificada numa das melhores vocalistas femininas de Metal, Angela Gossow!
O Arte-Factos falou com Angela Gossow e descobriu a sua opinião sobre Portugal e um pouco mais sobre esta banda Europeia.



1- São uma das maiores bandas de Death Metal. Com quase dezasseis anos de carreira, esperavam atingir esta importância no panorama do Death Metal?

Angela Gossow: Somos uma banda extremista de Metal, com elementos de Death Metal. Acho que o facto de juntarmos vários géneros (do heavy metal clássico aos 'blast beats') e de termos mantido sempre uma abordagem muito melódica durante o processo de escrita das letras, juntou vários fãs de todos os tipos de géneros... Temos uma base de fãs em crescimento desde 1996. Andámos em tour sem descanso nos últimos 10 anos até chegarmos onde estamos. Tornámo-nos cabeças de cartaz durante as nossas tours e também em vários festivais consagrados. É um optimo sitio para se estar. Tornámo-nos grandes sem pôr nada em causa e planeamos continuar a rockar até ao fim.

2- Como é que funciona o processo de escrita das vossas letras? Juntam-se para escrever ou dão liberdade a cada membro para criar algo?

AG: Todos podem dar ideias, mas no final do dia normalmente sou eu e o Michael que escrevemos a maior parte das letras. O que quero dizer com isto, é que é o meu trabalho na banda.. O pessoal está muito ocupados a trabalhar as suas partes, melodias, solos, etc e não sentem necessidade em fazer ainda mais.

3- E a composição instrumental?

AG: O pessoal ensaia muito todos os dias da semana. Eu oiço os seus ensaios em casa e trago algumas ideias ou sugestões para alterar algumas partes. Nós escrevemos como banda. Todos têm o mesmo direito para concordarem, rejeitarem ou adicionarem mais alguma ideia.

4- Têm vários fãs em Portugal e Espanha e são sempre muito bem recebidos quando cá vêm. O que pensa de Portugal? Do nosso país e das suas pessoas?

AG: O País é muito bonito e as pessoas que conheci foram muito quentes e amigáveis. Penso que o maior problema de Portugal é a má economia e a pobreza que advém dela. Na última vez que tocamos em Portugal assisti a um assalto... Não me senti muito segura, haha.

5- Já foram apresentados a alguma banda portuguesa?

AG: Os Moonspell claro. Na altura entrei mesmo no espírito do álbum "Wolfheart".

6- Como é que se vêem actualmente? Quais são as principais diferenças entre os Arch Enemy de hoje e os Arch Enemy do inicio? Tocaram com algumas grandes bandas, e isso de certo que os influenciou de alguma maneira.

AG: Os Arch Enemy não são influenciados pelas bandas com que tocam, mas sim com as bandas com que cresceram a ouvir. Blues, rock, punk, jazz, NWOBHM, thrash, grind, death… Está tudo no nosso som porque também está nos nossos corações. Bem, estivemos em tour com os Iron Maiden, Megadeth e Slayer – mas eles já eram influencias musicais bem antes de tocarmos com eles.

7- Como é que a banda se sente como grupo? Ainda ficam nervosos antes dos concertos? Contem-nos alguns segredos como banda.

AG: Não, não ficamos nervosos antes dos concertos. Ficamos apenas um pouco excitados. Adoramos rockar.

Os pequenos segredos que temos - guardamo-los em segredo. Não nos prostituimos. O que muitos ainda não devem saber, é que somos todos vegetarianos. Não apoiamos a emissão massiva de CO2 e não apoiamos a chacina feita aos animais. Normalmente temos problemas em conseguir a nossa comida em países como Portugal, porque parece que ainda não sabem como é ser vegetariano. O Norte da Europa parece bem mais avançado em relação a meios alternativos de alimentação.

8- Num futuro próximo, o que podemos esperar dos Arch Enemy?

AG: Heavy Metal World Domination ;-) Um novo álbum a sair no final de Maio de 2011 e concertos sem parar durante todo o ano e o seguinte. Vamos tocar em Portugal em 2011 - Preparem-se para nós!

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