O filme "The Virgin Suicides" marca o inicio da carreira da filha de um dos maiores realizadores de todos os tempos. Ser filha de Francis-Ford Coppola e seguir uma carreira pela realização cinematográfica é arriscar a uma comparação quase obrigatória. Porém, Sofia Coppola tem procurado seguir um caminho bem diferente do pai, e tem por mérito próprio conquistado multidões pelo mundo fora.
Sofia não poderia ter tido melhor 'estreia', com este filme simples, mas profundo.
O filme gira à volta da história de cinco irmãs, que são reprimidas em casa e obrigadas a desistir da sua convivência social. No processo, um grupo de rapazes 'apaixona-se' por esta história e decide documenta-la de forma participativa.
Além de abordar um tema controverso, o do suicídio, "The Virgin Suicides" aborda também vários temas inerentes à juventude, tais como a rebeldia, sexo, desejo, álcool & tabaco. Todos estes temas são apresentados de forma simples mas funcional, ajudando a narrativa a evoluir. A personagem da Kirsten Dunst destaca-se claramente do grupo geral de actores, que até está muito bem. Ela é a típica jovem rebelde, que arrisca tudo pelo que quer, sem medir consequências.
Este filme mostra-nos uma América crua e fria, onde a linha entre a insanidade e a realidade é ténue e bem curta. A nível de realização temos pormenores fantásticos, tanto de planos gerais como de outros intersectados. A banda sonora também acompanha na perfeição este filme, que por valor próprio se tornou hino de muitos jovens.
Este é um aviso claro de que a sociedade não está a resultar, tanto pela forma como é conduzida a educação, como pelo tratamento dado aos jovens( na América). Apesar do retrato geral ser anterior aos nossos tempos, pode também ser aplicado à realidade, porque há coisas que simplesmente não mudam.
Sofia Coppola estreia-se assim com um bom filme, com carga moral e social capaz de levar as pessoas à sua própria consciência.
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