sábado, 4 de setembro de 2010

Pink Floyd - The Division Bell (1994)



"The Division Bell" é o último álbum de originais dos imortais Pink Floyd. Há quem diga que já não são os Pink Floyd, porque o baixista e mentor do projecto, Roger Waters, já não participou neste álbum. De qualquer das formas, este ficará para sempre como o ultimo registo dessa banda, que é considerada por tantos e tantos como a melhor de qualquer sempre.
As diferenças entre este álbum e outro qualquer em que participe o Waters são claras. As letras mudaram de tema e também de sentido, a música tornou-se mais próxima de um rock progressivo, mas menos conceptual, a voz melhorou em muito, e a guitarra de Gilmour sente-se ainda com mais paixão, sendo capaz de 'falar' por si própria.
O álbum em si é fantástico, desde o primeiro até ao ultimo segundo. A entrada triunfal de "Cluster One" arrepia qualquer um. Temas como "Marooned", "A Great day for freedom", "Coming back to life" e "High Hopes", ficaram para sempre na mente de qualquer pessoa que as ouça. São obras fantásticas, de uns Pink Floyd mais sentimentais, mas também com mais harmonia e alguma qualidade face a músicas anteriores.
Se repararmos, o estilo psicadélico desapareceu muito antes de Gilmour ter pegado no comando da banda, até muito antes de Waters. Em "The Wall"(obra máxima de Pink Floyd na era Roger Waters) perdemos completamente o sentido do psicadélico.
Em "Division Bell" temos um David Gilmour numa forma extraordinária, com guitarras e riffs impressionantes, que nos gelam até à espinha. As letras são emotivas e continuam a ter bastante significado.
Todas as bandas passam por diversas fases, e esta era uma fase necessária para uns Pink Floyd que já tanto experimentaram.
Este é um álbum cativante e surpreendente, seja-se fã de Waters ou de Gilmour.

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