É sempre de louvar a organização deste tipo de festivais, ao ler-se a press release constata-se que na teoria o conceito é bom, e pretendia marcar uma diferença no leque de eventos que acontecem e/ou já aconteceram ao longo do ano, no entanto, e se calhar à atenção da organização, isso não foi completamente atingido, pelo menos pelo que pude verificar no segundo dia do evento. Com alguns nomes chamativos no cartaz, foram poucas as pessoas a passarem pelo festival que ocorreu no alto da Tapada da Ajuda, no Instituto Superior de Agronomia.
Há alguns factores que poderão explicar isto, e um deles será o culpado do costume, o preço dos bilhetes, numa altura em que a época de concertos está a iniciar-se de novo, e com tanta oferta, o preço do bilhete podia ser mais apelativo, outro factor é o local, ainda que seja um local que até é agradável à vista, a localização não é a melhor, e os transportes não abundam naquela zona, principalmente quando já se acaba de madrugada e as opções são ainda mais reduzidas.
Há alguns factores que poderão explicar isto, e um deles será o culpado do costume, o preço dos bilhetes, numa altura em que a época de concertos está a iniciar-se de novo, e com tanta oferta, o preço do bilhete podia ser mais apelativo, outro factor é o local, ainda que seja um local que até é agradável à vista, a localização não é a melhor, e os transportes não abundam naquela zona, principalmente quando já se acaba de madrugada e as opções são ainda mais reduzidas.
Passando à música propriamente dita, o dia abriu com os Sinamantes, uma banda nascida este ano no Brasil e que tem um EP homónimo no seu catálogo musical. Composto por Danilo Penteado, Mariá Portugal e Natalia Mallo, este trio actuou pela primeira vez em Portugal para uma plateia composta por muito pouco público (algo que foi semelhante em todos os concertos e só mudou um bocado no de David Fonseca), ainda assim os Sinamantes não deixaram passar a oportunidade de se mostrarem e aproveitaram para mencionar que hoje têm mais uma data agendada para o nosso país, na Fábrica de Braço de Prata, numa versão mais completa do que aquilo que aconteceu ontem.
Sinamantes @ Lisbon Unplugged (11-09-2010)
O segundo concerto da noite coube à banda Betty, um trio feminino oriundo de Nova Iorque que se fez ouvir com o seu rock dançável (com direito a bailarina incluida no inicio da actuação). As 'Bettys' ao contrário dos Sinamantes têm já uma carreira com muitos anos, e apresentaram alguns temas do seu mais recente álbum (Bright & Dark de 2009) bem como temas dos seus trabalhos anteriores.
Betty @ Lisbon Unplugged (11-09-2010)
Betty @ Lisbon Unplugged (11-09-2010)
Com mais algum público já presente (não muito é certo), as Au Revoir Simone já contam com passagens regulares por várias cidades do nosso país, e portanto não serão nenhumas estranhas aos olhos do público. Depois das Betty é mais um trio feminino nova iorquino em palco, mas as semelhanças acabam aí, desta vez é o indie pop a morar em palco e a fazer as delicias de alguns dos fãs presentes.
Au Revoir Simone @ Lisbon Unplugged (11-09-2010)
Au Revoir Simone @ Lisbon Unplugged (11-09-2010)
Mas se até agora os trios femininos tinham dominado o Palco Diversidade do festival, coube a Nikolaj Grandjean equilibrar um pouco as contas, acompanhado por Mikkel Lomborg e Christian Winther, o músico dinamarquês é ainda algo desconhecido, mas tem já um hit a tocar pelas rádios, "Heroes and Saints".
Nikolaj Grandjean @ Lisbon Unplugged (11-09-2010)
Nikolaj Grandjean @ Lisbon Unplugged (11-09-2010)
Faltavam dois nomes para encerrar o festival, e o senhor que se seguiu deu o concerto da noite, não é de agora, mas quer se goste ou não, é incontornável que David Fonseca é já um dos grandes artistas nacionais, mas quando digo grandes, refiro-me mesmo àquele tipo de artista que fica na história. Talvez seja um bocado exagerado falar assim nestes termos de um artista jovem, de idade e não de carreira, e que tem ainda muito para dar ao mundo da música, no entanto, por tudo o que já fez, e pelo espectáculo que apresenta em palco, mantenho o que disse em cima sem receios de poder estar errado.
Acompanhado pela sua banda, David Fonseca muda da sua postura serena para algo completamente diferente assim que pisa o palco, e é assistir à transfiguração daquele rapaz que parece extremamente pacato para o 'animal de palco' que se vê numa actuação ao vivo.
Em cima do palco estava lá tudo, não faltou a cabine telefónica vinda na máquina do tempo, os leds bem posicionados que com as luzes de palco criaram um ambiente propício à festa, e claro, o ecrã gigante ao fundo, com as projecções apropriadas a cada música interpretada.
Músicas essas que percorreram os vários álbuns editados do músico, e que claro está não faltou a maior parte dos singles, entoados avidamente pelo público.
E é também nesta relação artista/público que o espectáculo de David Fonseca ganha pontos, foram várias as vezes que esteve perto do público, contando uma vez em que inclusivamente passou a barreira do palco com a sua guitarra e foi em linha recta a abrir caminho por entre as pessoas até à mesa de som e fez o caminho inverso até ao palco.
Proporcionando vários bons momentos ao longo da sua actuação, talvez destaque o momento frenético em Stop 4 a Minute, que teve como introdução um David Fonseca a contar-nos que corria o ano de 1998 quando esta música começou a fazer parte dele, isto tudo enquanto fazia soar os acordes de Borrow na sua guitarra, e talvez em jeito de graça, assim que disse isto mudou radicalmente para um trecho de "The roof is on fire" que precedeu então a electrizante Stop 4 a Minute.
E se em cima disse que não faltava nada em palco, também me faltou dizer que houve direito à habitual explosão de confetis e a uma mudança de guarda-roupa, ou acrescento vá, foi com um robe e luvas de pugilista que David Fonseca se apresentou mais para o fim do concerto, que terminou com o músico numa plataforma junto ao público e uma explosão daquilo que parecia ser um chafariz de faíscas por trás.
David Fonseca @ Lisbon Unplugged (11-09-2010)
Acompanhado pela sua banda, David Fonseca muda da sua postura serena para algo completamente diferente assim que pisa o palco, e é assistir à transfiguração daquele rapaz que parece extremamente pacato para o 'animal de palco' que se vê numa actuação ao vivo.
Em cima do palco estava lá tudo, não faltou a cabine telefónica vinda na máquina do tempo, os leds bem posicionados que com as luzes de palco criaram um ambiente propício à festa, e claro, o ecrã gigante ao fundo, com as projecções apropriadas a cada música interpretada.
Músicas essas que percorreram os vários álbuns editados do músico, e que claro está não faltou a maior parte dos singles, entoados avidamente pelo público.
E é também nesta relação artista/público que o espectáculo de David Fonseca ganha pontos, foram várias as vezes que esteve perto do público, contando uma vez em que inclusivamente passou a barreira do palco com a sua guitarra e foi em linha recta a abrir caminho por entre as pessoas até à mesa de som e fez o caminho inverso até ao palco.
Proporcionando vários bons momentos ao longo da sua actuação, talvez destaque o momento frenético em Stop 4 a Minute, que teve como introdução um David Fonseca a contar-nos que corria o ano de 1998 quando esta música começou a fazer parte dele, isto tudo enquanto fazia soar os acordes de Borrow na sua guitarra, e talvez em jeito de graça, assim que disse isto mudou radicalmente para um trecho de "The roof is on fire" que precedeu então a electrizante Stop 4 a Minute.
E se em cima disse que não faltava nada em palco, também me faltou dizer que houve direito à habitual explosão de confetis e a uma mudança de guarda-roupa, ou acrescento vá, foi com um robe e luvas de pugilista que David Fonseca se apresentou mais para o fim do concerto, que terminou com o músico numa plataforma junto ao público e uma explosão daquilo que parecia ser um chafariz de faíscas por trás.
David Fonseca @ Lisbon Unplugged (11-09-2010)
Para os resistentes, já que após o concerto de David Fonseca houve uma debandada de pessoas, ficou reservado o concerto da banda britânica The Veils, que se apresentou pela segunda vez em Portugal depois de uma passagem pelo festival Sudoeste em 2009. Donos de um indie rock ruidoso, coube à banda liderada por Finn Andrews encerrar o palco Diversidades.
The Veils @ Lisbon Unplugged (11-09-2010)
The Veils @ Lisbon Unplugged (11-09-2010)
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