sábado, 18 de dezembro de 2010

Mothership + Blame the Skies - ADN Setúbal - 17 de Dezembro 2010 - Lançamento do EP Silversun



Num ADN com uma capacidade média para 80 pessoas, estiveram ontem 117 para assistir ao concerto de lançamento do EP dos Mothership!
Este claro sinal de adesão é fruto de apenas uma coisa: Uma evolução enorme por parte das duas bandas. Sim, a primeira parte esteve a cargo dos Blame the Skies e também se deve muito a eles por esta enchente. Estamos a falar de duas bandas da cidade de Setúbal que ao longo dos últimos 2 anos têm tentado preencher a lacuna musical deixada pela evolução de outras bandas e a sua natural subida no panorama musical. Os Mothership e os Blame the Skies estão agora no topo na sua cidade natal e ontem no ADN viu-se bem porquê.
Os Blame the Skies do Metalcore entraram em cena um pouco depois da hora prevista, dando-nos um grande espetáculo de metal bem pesado, como se quer. É pena a curta duração do seu concerto, pois ficámos claramente com a sensação de "queremos mais". A banda mostrou-se muito mais coesa e nota-se claramente a sua evolução, transmitindo-nos a novidade de que daqui a 2 meses teremos o seu EP por aí. Os Blame the Skies são a representação de uma banda talentosa, unida e humilde. Vale a pena gostar de metal só para os ver.
Os "senhores" da noite, os Mothership, entraram com toda a garra possível. Nuno Aleluia, o vocalista, berrava como se depois daquela noite fosse ficar sem voz (provavelmente até ficou). A banda mexia-se e unia-se, aliando os efeitos de luz à sua música e levando-nos pelo mundo do seu EP, sendo este tocado de seguida, à velha maneira progressiva, fazendo lembrar até uns Porcupine Tree. As 4 músicas do álbum foram apresentadas e o público queria mais. Durante todas as faixas o público juntou-se à banda e cantarolou o que sabia, bateu muitas palmas e aclamou uma daquelas que é já uma grande banda de Setúbal. O "encore" foi feito de forma especial. Primeiro foi-nos apresentada uma música nova, que nos deixou literalmente de água na boca. As influências progressivas são mais que muitas e o estilo da banda parece querer definir-se, o que ajuda a melhorar a sua coesão. A música em si é ainda mais pesada, mas as vocais são mais melódicas, fazendo lembrar uns Pink Floyd ou novamente Porcupine Tree. A última música da noite foi um brinde do antigamente, Replica, uma música antiga, mas tão boa ao vivo.
A noite no ADN foi novamente de casa cheia, desta vez literalmente a rebentar pelas costuras. Quem lá esteve assistiu a um poderio musical imenso de ambas as bandas e à promessa de que 2011 será um ano de voos mais altos!

2 comentários: