Num ADN com uma capacidade média para 80 pessoas, estiveram ontem 117 para assistir ao concerto de lançamento do EP dos Mothership!
Este claro sinal de adesão é fruto de apenas uma coisa: Uma evolução enorme por parte das duas bandas. Sim, a primeira parte esteve a cargo dos Blame the Skies e também se deve muito a eles por esta enchente. Estamos a falar de duas bandas da cidade de Setúbal que ao longo dos últimos 2 anos têm tentado preencher a lacuna musical deixada pela evolução de outras bandas e a sua natural subida no panorama musical. Os Mothership e os Blame the Skies estão agora no topo na sua cidade natal e ontem no ADN viu-se bem porquê.
Os Blame the Skies do Metalcore entraram em cena um pouco depois da hora prevista, dando-nos um grande espetáculo de metal bem pesado, como se quer. É pena a curta duração do seu concerto, pois ficámos claramente com a sensação de "queremos mais". A banda mostrou-se muito mais coesa e nota-se claramente a sua evolução, transmitindo-nos a novidade de que daqui a 2 meses teremos o seu EP por aí. Os Blame the Skies são a representação de uma banda talentosa, unida e humilde. Vale a pena gostar de metal só para os ver.
Os "senhores" da noite, os Mothership, entraram com toda a garra possível. Nuno Aleluia, o vocalista, berrava como se depois daquela noite fosse ficar sem voz (provavelmente até ficou). A banda mexia-se e unia-se, aliando os efeitos de luz à sua música e levando-nos pelo mundo do seu EP, sendo este tocado de seguida, à velha maneira progressiva, fazendo lembrar até uns Porcupine Tree. As 4 músicas do álbum foram apresentadas e o público queria mais. Durante todas as faixas o público juntou-se à banda e cantarolou o que sabia, bateu muitas palmas e aclamou uma daquelas que é já uma grande banda de Setúbal. O "encore" foi feito de forma especial. Primeiro foi-nos apresentada uma música nova, que nos deixou literalmente de água na boca. As influências progressivas são mais que muitas e o estilo da banda parece querer definir-se, o que ajuda a melhorar a sua coesão. A música em si é ainda mais pesada, mas as vocais são mais melódicas, fazendo lembrar uns Pink Floyd ou novamente Porcupine Tree. A última música da noite foi um brinde do antigamente, Replica, uma música antiga, mas tão boa ao vivo.
A noite no ADN foi novamente de casa cheia, desta vez literalmente a rebentar pelas costuras. Quem lá esteve assistiu a um poderio musical imenso de ambas as bandas e à promessa de que 2011 será um ano de voos mais altos!
É "adesão" e não "aderência" :P
ResponderEliminarObrigado pela correcção Pedro!
ResponderEliminaras vezes acontece :)