An Epic of Epicness
A adaptação da popular banda desenhada Scott Pilgrim para o cinema afigurava-se uma tarefa extremamente complicada. Como passar para a tela de cinema e usando personagens de carne e osso o ambiente cartoonesco e a sillyness desvairada que a história pede? A resposta é facil, basta não mexer muito na criação de Bryan Lee O' Malley e assumir que o quotidiano e o fantástico se misturam sem que se precise de justificar, desde que tal se afigure como a coisa mais normal do mundo. Ex-namorados com super poderes, lutas de kung-fu, ninjas e batalhas de bass-guitar? É só mais uma segunda-feira.
Scott Pilgrim é a vida -soa genérico e cliché mas acompanhem-me – , não há nada que no seu âmago não possamos reconduzir a uma situação que nos tenha acontecido a nós ou a alguém próximo, mas não é a apenas a vida, é melhor. Lidar com problemas com ex's é o pão-nosso-de-cada dia e a maioria de nós já terá passado por aí. A versão 2.0: Lutar Kung Fu contra todos os 6 ex-namorados e, porque um mundo melhor funciona assim, uma ex-namorada. Rating: AWESOME!
Scott ( Michael Cera) é apenas mais um jovem algures no Canadá numa qualquer província mais remota. Onde há árvores. E frio. E árvores. Também há neve. Um lugar pacato onde Scott ensaia com a sua banda, passeia-se com a namorada, que ainda anda no secundário, e mais nada, mesmo. Não há explicação nenhuma para o facto de Scott não estar à beira da morte por subnutrição mas vamos ignorar o pormenor.O mote à história é dado pela vinda de Ramona Flowers ( Mary Elizabeth Winstead) para a cidade. De visual e atitude punk , Ramona é a rapariga dos sonhos de Scott –literalmente - que rapidamente se apaixona por ela. Infelizmente não há bela sem senão e não há rapariga alternativa/punk/metal (riscar o que não interessa) sem um atrelado de problemas. No caso de Ramona uma liga de 7 ex's com a qual Scott terá que medir forças para que ele e Ramona possam namorar. Na vida real seriam "daddy issues" ou problemas de confiança mas, como já disse, em Scott Pilgrim Vs. The World: é melhor.
Repleto de momentos de humor que se sucedem uns atrás dos outros que se misturam com referências à cultura pop, dos videojogos e musica indie o filme é um outro retrato possível dos anos 00 e da geração Y, mais virada para as maravilhas da world wide web, para quem "geek" já deixou à muito de ser um perjúrio e que abraça o gosto pelos videojogos, pela BD , redes sociais e, talvez mais importante que tudo, que é responsável por essa fonte de humor inesgotável que parece não querer ir a lado nenhum, os Lolcats.
A dinâmica entre os actores roça o perfeito e é notável o timing com que algumas das piadas são feitas, até Michael Cera que tende a interpretar o mesmo rapazinho enfezado, timido e desconfortável em todos os filmes em que já entrou ( até a fazer dele próprio) consegue fazer de Scott a personagem despreocupada e distraída que se pretendia.
No fundo, uma adaptação que não tinha como falhar, teria sido preciso todo o "talento" das mentes por de trás da saga X-Men para conseguir meter os pés pelas mãos. Obviamente não se esperava que não houvesse alguma perda na transição de BD para o grande ecrã, mas pelo formato é apenas natural que não se pudesse encaixar tudo em pouco menos de duas horas. Fica a faltar um maior aprofundamento das outras personagens, a mais obvia será a Kim , baterista e ex-namorada de Scott, e alguns arcos da história tiveram que ficar de fora. Males menores.
A adaptação da popular banda desenhada Scott Pilgrim para o cinema afigurava-se uma tarefa extremamente complicada. Como passar para a tela de cinema e usando personagens de carne e osso o ambiente cartoonesco e a sillyness desvairada que a história pede? A resposta é facil, basta não mexer muito na criação de Bryan Lee O' Malley e assumir que o quotidiano e o fantástico se misturam sem que se precise de justificar, desde que tal se afigure como a coisa mais normal do mundo. Ex-namorados com super poderes, lutas de kung-fu, ninjas e batalhas de bass-guitar? É só mais uma segunda-feira.
Scott Pilgrim é a vida -soa genérico e cliché mas acompanhem-me – , não há nada que no seu âmago não possamos reconduzir a uma situação que nos tenha acontecido a nós ou a alguém próximo, mas não é a apenas a vida, é melhor. Lidar com problemas com ex's é o pão-nosso-de-cada dia e a maioria de nós já terá passado por aí. A versão 2.0: Lutar Kung Fu contra todos os 6 ex-namorados e, porque um mundo melhor funciona assim, uma ex-namorada. Rating: AWESOME!
Scott ( Michael Cera) é apenas mais um jovem algures no Canadá numa qualquer província mais remota. Onde há árvores. E frio. E árvores. Também há neve. Um lugar pacato onde Scott ensaia com a sua banda, passeia-se com a namorada, que ainda anda no secundário, e mais nada, mesmo. Não há explicação nenhuma para o facto de Scott não estar à beira da morte por subnutrição mas vamos ignorar o pormenor.O mote à história é dado pela vinda de Ramona Flowers ( Mary Elizabeth Winstead) para a cidade. De visual e atitude punk , Ramona é a rapariga dos sonhos de Scott –literalmente - que rapidamente se apaixona por ela. Infelizmente não há bela sem senão e não há rapariga alternativa/punk/metal (riscar o que não interessa) sem um atrelado de problemas. No caso de Ramona uma liga de 7 ex's com a qual Scott terá que medir forças para que ele e Ramona possam namorar. Na vida real seriam "daddy issues" ou problemas de confiança mas, como já disse, em Scott Pilgrim Vs. The World: é melhor.
Repleto de momentos de humor que se sucedem uns atrás dos outros que se misturam com referências à cultura pop, dos videojogos e musica indie o filme é um outro retrato possível dos anos 00 e da geração Y, mais virada para as maravilhas da world wide web, para quem "geek" já deixou à muito de ser um perjúrio e que abraça o gosto pelos videojogos, pela BD , redes sociais e, talvez mais importante que tudo, que é responsável por essa fonte de humor inesgotável que parece não querer ir a lado nenhum, os Lolcats.
A dinâmica entre os actores roça o perfeito e é notável o timing com que algumas das piadas são feitas, até Michael Cera que tende a interpretar o mesmo rapazinho enfezado, timido e desconfortável em todos os filmes em que já entrou ( até a fazer dele próprio) consegue fazer de Scott a personagem despreocupada e distraída que se pretendia.
No fundo, uma adaptação que não tinha como falhar, teria sido preciso todo o "talento" das mentes por de trás da saga X-Men para conseguir meter os pés pelas mãos. Obviamente não se esperava que não houvesse alguma perda na transição de BD para o grande ecrã, mas pelo formato é apenas natural que não se pudesse encaixar tudo em pouco menos de duas horas. Fica a faltar um maior aprofundamento das outras personagens, a mais obvia será a Kim , baterista e ex-namorada de Scott, e alguns arcos da história tiveram que ficar de fora. Males menores.
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