quinta-feira, 24 de março de 2011

Cut Copy - Coliseu dos Recreios - 23 de Março de 2011




Depois de nos presentearem em diversos palcos como o do Sudoeste, do SBSR, do Lux e do Hard Club, os australianos Cut Copy regressaram para um grande concerto no Coliseu de Lisboa.
A união entre o povo português e o grupo já existe desde o primeiro concerto, quando o álbum "In Ghost Colours" estava no topo da música.
Três anos depois os Cut Copy regressam aos discos com o fantástico "Zonoscope". É verdade que a sonoridade não é bem igual à dos dois primeiros álbuns. Os sintetizadores são mais potentes, o disco não é tão dançavel, sendo por vezes algo psicadélico. Mas a verdade é que continua a ser um disco fantástico e que ao vivo resulta tão bem. A prova disso foi a forma calorosa e entusiasmente com que o público português recebeu cada música dos Cut Copy. O Coliseu não estava esgotado, mas estava bastante cheio.
A música electronica dos Cut Copy é algo primoroso, que vale pela sua atmosfera e pela capacidade de criar um universo paralelo, no qual todos entramos durante o concerto. Ao vivo estão melhores, mais energéticos, mais dedicados, e o público responde com fortes aplausos.
Não bastou muito para que a banda captasse todo o Coliseu, e desde a terceira música até à última, ninguém esteve quieto, todos dançaram, saltaram, sentiram a energia de uma das bandas mais potentes ao vivo. O amor que flutua entre a banda e o público é incrível, levando ambos os lados a aproveitar cada segundo do concerto ao máximo. "Hearts on fire" foi um dos grandes pontos altos da noite, mas a verdade é que ficaram a faltar algumas músicas importantes.
Uma hora e pouco e bastou para que o espetáculo tivesse acabado. No fim fica a sensação de que saimos satisfeitos mas com vontade de mais.
Portugal está cada vez mais com os Cut Copy e eles estão cada vez mais perdidos por Portugal e o seu público.
No geral o concerto foi muito bom. A música dos Cut Copy transforma qualquer realidade em algo dançável e postivo. A sua creatividade tem-se expandido cada vez mais e actualmente podem mesmo revolucionar a música electrónica num sentido mais geral. A forma como misturam o rock e o pop com a electrónica torna-os tão naturais quanto talentosos. E a verdade é que nos Cut Copy não existem falsidades nem formas artificiais de tentar alcançar a fama. A música é a sua paixão e o que mais gostam de fazer.
Nós agradecemos e ficamos à espera de mais!

1 comentário:

  1. Concordo com muito do que aqui foi exposto, salvo em dois pontos: quanto ao Coliseu estar quase cheio e a total adesão do público a partir da 3a faixa.

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