quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Katy Perry - Teenage Dream (2010)


O "novo" álbum de Katy Perry é uma enorme lufada de ar fresco na música Pop mundial.
Depois do desaparecimento da verdadeira rainha dos últimos anos da Pop (Kylie Minogue), e das tentativas sempre semi-bem sucedidadas de Madonna e Christina Aguilera e do aparecimento de novas artistas como Lady Gaga e Ke$ha, que fogem já um pouco ao Pop convencional, não existia uma verdadeira artista pop em toda a sua génese.
Com "Teenage Dream", Katy Perry afirma-se como a verdadeira artista pop do momento. Primeiro porque é capaz de criar um álbum bastante interessante no seu todo geral, depois porque cultiva a cultura comercial pop e é capaz de recria-la numa bela voz, forte e potente, demonstrando que tem mais do que apenas talento de momento.
Este cd começa com a faixa homónima, que é capaz de nos pôr a mexer instantaneamente, sejamos fãs de rock, hip hop ou até mesmo Metal. A "festa" continua em "Last Friday Night", uma faixa onde Katy Perry mistura vários sons electronicos, gerando um pop dançante ao estilo de Goldfrapp, mas bem mais postivo e menos melancolico. "California Gurls", a bem ou a mal, utilizando o truque da repetição do refrão, perfaz-nos a belissima voz da cantora, sempre muito afinada e flexivel. Esta é a musica Pop na integra do que é a sua definição, letras comerciais e da moda, com vibrações sexistas e repetições do refrão. Porém, resulta bastante bem!
"Firework" é a meu ver a melhor faixa de todo o álbum. Katy tenta explorar territórios mais profundos, abandonando as letras banais da pop, que são geralmente referentes à moda e cultura americana. Depois temos uma voz forte, a fazer lembrar uma qualquer artista soul com força na voz. A tudo isto temos a junção da electronica, o que nos permite dançar esta música alegremente ou apenas rejubilar com a voz fantástica da artista.
"Peacock" é a canção mais cómica do álbum, mas também a mais fraca. Apesar de ser bastante abrangente, torna-se chata e repetitiva.
"Circle the Drain" começa com uma guitarrada ligeira, mas depois avança para algo mais rock/electronico, demonstrando a capacidade da artista em adaptar-se a qualquer estilo musical. E não é que esta música relembra o industrial?
"The one that got away" é o regresso ao estilo verdadeiro da Pop, com letras "americanas", mas cantadas de forma menos dançante. A meu ver é uma das melhores do álbum, porque consegue juntar a essência de "Firework" com a pop mais tradicional.
Ao longo de todo o álbum temos a sensação de que a artista consegue chegar a todo o lado, de qualquer forma, mantendo sempre uma enorme qualidade.
"E.T." é completamente alucinada, sendo capaz de nos espantar, pois certamente não estariamos è espera de algo assim neste álbum, e mais não digo.
"What i'm living for" mostra-nos que Katy Perry consegue ombrear com Christina Aguilera a nível de qualidade vocal. É uma música potente e que impressiona pela voz de Katy, sempre fantástica.
"Pearl" faz lembrar Pink, talvez pelo estilo Pop mais característico de Pink, ou pela versatilidade que ambas as artistas demonstram. Mas acaba por ser uma música original e uma das melhores do álbum.
"Hummingbird Hearbeat" é um reflexo inteligente do que a artista pode realmente fazer. Utilizando o efeito "Humming", Katy aventura-se novamente pelas guitarras, tornando a música uma panóplia musical, que se encontra perto de um rock espacial.
"Not like the movies" é a música mais pessoal do álbum, mais calma, mais íntima, mais tocante. Katy Perry volta a mostrar a sua versatilidade vocal, conseguindo até mesmo arrepiar-nos.
É incrivel como num só álbum conseguimos sentir Florence + The Machine, Pink, Christina Aguilera, Goldfrapp e até um rock ligeiro de uma qualquer banda pop rock dos anos 80, incrível!
Este é um álbum obrigatorio para qualquer um que não seja fechado no seu estilo musical, até porque junta inúmeras influências.

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