Pavilhão Atlântico completamente lotado para receber aquele que é um dos mais acarinhados artistas internacionais do momento, Michael Bublé. Desengane-se quem pensa que os seus concertos são só musica e aborrecimento. Michael preocupa-se em entreter o seu público, e tal como o próprio disse, "isto não é um concerto, é uma festa!". E foi sem dúvida uma festa, que começou com um enorme espetáculo visual, teve vários momentos de stando up comedy (muito bons) e até uma imitação de Michael Jackson. Michael soube entreter o público e agarra-lo do inicio ao fim, mas deixemos para já o grande concerto para o fim e falemos da banda de abertura, que é sem dúvida algo de enorme qualidade.
Os Naturally 7 foram os escolhidos para começarem a entreter o público presente no Pavilhão. O que o público não sabia, é que estes Naturally 7 são um talento imenso, sete artistas que não usam instrumentos, apenas a sua voz para recriar esses mesmos instrumentos. Esse "vocal play", como eles chamam, é por nós denominado de "beatbox", mas não é nada vulgar para o que tenhamos visto por aí. É inacreditavel a forma como imitam uma bateria, um baixo, guitarras, harmónicas.. O talento é inigualável e foi sem dúvida uma grande surpresa para iniciar a noite, que se provou bastante positiva, sendo capaz de pôr todo o Pavilhão Atlântico a dançar e numa agitação infernal. Os Naturally 7 conquistaram o público português e nós retribuímos com muitos saltos.
Quanto a Michael Bublé, tivemos uma entrada à grande, completamente associada à sua imagem de show man. "Cry me a river" termina com um grande impacto visual e pirotécnico. Por entre as músicas Bublé mete-se com o público, contando histórias e desenvolvendo diálogos. Tudo isto através da comédia, criando pequenos momentos de stand up comedy, aliado à sua boa disposição e energia, Musicalmente Bublé não engana, apresenta-nos um espectáculo fiel, surpreendente nalgumas partes, graças à fabulosa orquestra.
Ao apresentar a sua banda, Michael cria em nós a ideia de quem existe um português lá pelo meio, chegando a apresentar um dos membros da orquestra como de origem portuguesa, desmentindo-o após o enorme aplauso do equivocado publico portugues. No fim da dita piada, confessa que vai parar ao inferno, mostrando ser um homem cheio de bom humor.
O público respondeu ao máximo, saltando e gritando em todas as músicas. Bublé também saltava no palco, até saltar para o público e concentrar-se no centro do Pavilhão, levando ao extase o imenso público português. Certamente um momento que ninguém irá esquecer.
Michael Bublé pode imitar todo o seu espetáculo e recria-lo em todos os concertos, mas é sem duvida o artista máximo, que ao invés de se limitar à sua fabulosa musica, a lembrar obrigatoriamente Sinatra, cria algo mais, um espetáculo de imensa interação com os seus fãs e de imensos momentos de comédia. Podia ter sido mais energético nalgumas músicas e ter cantado com mais enfase, mas foi sem duvida um enorme espetáculo, merecedor de destaque no panorama musical.
Michael Bublé demonstrou a um Pavilhão lotado porque é tão acarinhado, porque vendeu mais de 25 milhões de discos e porque é considerado o novo Sinatra. Realmente fantástico!
Deveras um concerto fantástico!
ResponderEliminarAponto apenas para um equívoco: a primeira música foi "Cry Me a River" e não "Crazy Love".
Bom review. Concordo em grande parte.
Obrigado Sofia :)
ResponderEliminarNão tinha reparado no meu erro, mas já está emendado graças a ti.
Continua a visitar o blog :)