sexta-feira, 12 de novembro de 2010

The Town (2010), de Ben Affleck


The Town (ou A Cidade, em português), chegou há pouco tempo às salas de cinemas e, com ele, veio um burburinho de ser um dos blockbusters do ano.

Começando pelas apresentações, The Town foi escrito e protagonizado por Ben Affleck e é adaptado do romace de Chuck Hogan, Prince of Thieves. Em The Town, Ben Affleck reparte o ecrã com a bela Rebecca Hall, Jon Hamm e o nomeado aos Óscars o ano passado, Jeremy Renner, aquando da sua participação em The Hurt Locker.

A cidade de que fala o título do filme é Charlestown em Boston, onde existe uma quadrilha de assaltantes e foras-da-lei de descendência irlandesa que se dedica a assaltar bancos e carrinhas de valores; aliás, o filme inicia-se mesmo com uma investida do gangue ao cofre-forte de um banco em Charlestown, é aí que Doug (Ben Affleck) conhece Claire (Rebecca Hall), que é a gerente do banco. Nos dias seguintes ao assalto, Doug segue Claire, para provocar o medo da gerente e, assim, evitar uma possível denúncia da jovem. É neste ambiente que Claire e Doug se conhecem, sem que Claire desconfie minimamente que Doug é o assaltante que a manteve cativa. Por casualidade da vida, é assim que os dois se apaixonam e encetam uma relação amorosa. Síndrome de Estocolmo sem que Claire saiba por quem se tinha apaixonado, diria. O resto do filme gira em torno de Doug e das suas tentativas de deixar a sua actividade menos lícita e mudar de vida com a sua Claire.

The Town é envolto em clichés, a relação proibida entre assaltante e vítima já foi vista e revista, Affleck revelou-se um realizador de corte demasiado limpo, as cenas servem apenas para contar a história e não há a preocupação de transformá-lo em algo diferente. Superadas estas insuficiências nota-se que é um bom filme, com excelentes cenas de acção, com o realismo que é necessário, o argumento não é totalmente novo, mas é sempre bem sustentado, o fim acaba por trazer uma certa beleza e sensibilidade. De destacar também as máscaras utilizadas pelos vis irlandeses nos assaltos, que dariam um aspecto mais criativo a qualquer assalto.

É um típico filme de acção que daqui a uns tempos estaremos a ver a um sábado à noite.


1 comentário:

  1. Não concordo com o facto de ser considerado um filme que estaremos a ver num sábado à noite por diversos motivos: o tempo de filme que excede as duas horas, só por aí, teria de se encaixar num horário extremamente hostil para os potenciais telespectadores. Por outro lado, sendo uma história vista e revista em diversas salas de cinema por filmes anteriormente feitos, acaba de uma maneira surpreendente. Gostei de ver o Ben Affleck no papel de realizador e espero vê-lo noutras oportunidades e em outros formatos de filme. Foram dados patrocínios para um filme em que muita gente torcia o nariz à qualidade, qualidade essa que Ben Affleck demonstrou e confundiu a critica por todo o lado. Gosto do post, se bem que talvez o escritor do mesmo deveria ter uma postura mais imparcial ou ir rever o filme numa altura em que se abstraísse de eventuais problemas ou chatices que não o deixaram entrar no espírito do filme.

    Continuem a postar

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