"O Ecos - Movimento Cultural Setubalense tem o prazer de anunciar a estreia dos Thirdsphere em Setúbal! Esta grande banda de Castelo Branco vem pela mão do Ecos pela primeira vez à nossa cidade para apresentarem o seu novo álbum. Vamos receber esta excelente banda da melhor forma, enchendo o ADN e aproveitando para fazer a festa. Como já vem sendo hábito, os Blame The Skies repetem a sua colaboração com o Ecos, tocando juntamente com os Glasgow Murder.
Os Blame The Skies, prestes a lançar EP, vão apresentar-se na sua máxima força, sendo o ADN um dos seus palcos de eleição.
Os Glasgow Murder são uma das novas bandas de Setúbal, tendo já participado no Resurrection Band Contest, onde foram bastante elogiados.
Uma grande noite de música por apenas 2.5 euros + uma bebida obrigatoria de consumo. Ou seja, se beber um café o preço total fica a 3.5
Este Sábado não fique em casa, não vá ao sitio do costume. Venha a mais uma grande noite de música no ADN, pelas 21:30!
Organização: Ecos - Movimento Cultural Setubalense
Apoio - Gabinete da Juventude de Setúbal e ADN Bar"
Depois de nos presentearem em diversos palcos como o do Sudoeste, do SBSR, do Lux e do Hard Club, os australianos Cut Copy regressaram para um grande concerto no Coliseu de Lisboa.
A união entre o povo português e o grupo já existe desde o primeiro concerto, quando o álbum "In Ghost Colours" estava no topo da música.
Três anos depois os Cut Copy regressam aos discos com o fantástico "Zonoscope". É verdade que a sonoridade não é bem igual à dos dois primeiros álbuns. Os sintetizadores são mais potentes, o disco não é tão dançavel, sendo por vezes algo psicadélico. Mas a verdade é que continua a ser um disco fantástico e que ao vivo resulta tão bem. A prova disso foi a forma calorosa e entusiasmente com que o público português recebeu cada música dos Cut Copy. O Coliseu não estava esgotado, mas estava bastante cheio.
A música electronica dos Cut Copy é algo primoroso, que vale pela sua atmosfera e pela capacidade de criar um universo paralelo, no qual todos entramos durante o concerto. Ao vivo estão melhores, mais energéticos, mais dedicados, e o público responde com fortes aplausos.
Não bastou muito para que a banda captasse todo o Coliseu, e desde a terceira música até à última, ninguém esteve quieto, todos dançaram, saltaram, sentiram a energia de uma das bandas mais potentes ao vivo. O amor que flutua entre a banda e o público é incrível, levando ambos os lados a aproveitar cada segundo do concerto ao máximo. "Hearts on fire" foi um dos grandes pontos altos da noite, mas a verdade é que ficaram a faltar algumas músicas importantes.
Uma hora e pouco e bastou para que o espetáculo tivesse acabado. No fim fica a sensação de que saimos satisfeitos mas com vontade de mais.
Portugal está cada vez mais com os Cut Copy e eles estão cada vez mais perdidos por Portugal e o seu público.
No geral o concerto foi muito bom. A música dos Cut Copy transforma qualquer realidade em algo dançável e postivo. A sua creatividade tem-se expandido cada vez mais e actualmente podem mesmo revolucionar a música electrónica num sentido mais geral. A forma como misturam o rock e o pop com a electrónica torna-os tão naturais quanto talentosos. E a verdade é que nos Cut Copy não existem falsidades nem formas artificiais de tentar alcançar a fama. A música é a sua paixão e o que mais gostam de fazer.
O Santiago Alquimista parecia o ambiente ideal para receber esta festa de Carnaval especial que contaria com os Espanhóis Orthodox a abrir para o grandioso Scott Kelly, um dos três grandes mentores de uma das maiores bandas sludge, os Neurosis. Pela primeira vez em Portugal, viria apresentar o seu trabalho a solo, que já conta com dois albuns marcados por um registo country/folk melancólico.
Pouco tempo passava das 21h30 quando o colectivo Espanhol subiu ao palco. Três anos depois da última visita ao nosso país, as diferenças são notórias. As melodias mais arrastadas e pesarosas que Orthodox nos mostraram na última visita ao nosso país foram substituídas por experimentalismos mais jazzísticos, muito a lembrar certos registos de John Coltrane. Foi um concerto que viveu de momentos e que começou a crescer à medida que se conseguia assimilar todos os elementos do caos sonoro.
O concerto de Scott Kelly seria mesmo o momento alto da noite. O músico revelou-se extremamente simpático e receptivo, tendo sido diversos os momentos em que interagiu com o público, referindo o quando gostava do nosso país e prometendo uma visita para breve, desta vez acompanhado pelos seus "amigos", que quer seja na forma de Neurosis ou Shrinebuilder, será certamente muito bem recebida.
Viveu-se uma hora e meia de proximidade para com o músico, marcada pela melancolia e entrega de parte a parte, a que ninguém ficou indiferente. A prova disso foi a ovação que recebeu no final do concerto.
A primeira eliminatória do Resurrection Band Contest arrancou ontem em Setúbal. Com um cartaz bastante convidativo: Glasgow Murder, Face of A Virus, Blame the Skies, Moe's Implosion e All Emotions Day. Porém a sala não se apresentou composta como seria de esperar, talvez devido ao preço da entrada, que não sendo muito, tendo em conta a qualidade das bandas e o facto de serem cinco, mas que numa cidade como Setúbal torna-se algo impeditivo.
Com o propósito de tocarem este ano no Festival Resurrection em Espanha, ao lado de nomes como Architects, Bring me the Horizon e Pennywise, as bandas esmeraram-se ao máximo e deram tudo de si.
A noite arrancou com os estreantes "Glasgow Murder", sim, estreantes. A maioria do público ficou perplexo quando soube que este era apenas o primeiro concerto desta banda formada em meados de Outubro. A verdade é que pareciam a ter já vários concertos nas canelas e nos ofereceram um bom espectáculo, sem erros de maior nota e com um um vocalista com uma voz bastante poderosa e grande presença em palco. Tendo em conta este primeiro concerto, podemos esperar grandes coisas destes "Glasgow Murder". Consta que em Março vão ter vários concertos. O Arte-Factos irá informar o público de todos esses concertos.
De seguida surgiram os "Face of A Virus" de Portimão. Não se pode dizer que tenham começado muito bem. O vocalista prendeu-se muito ao microfone que estava fixo no suporte e isso impediu-lhe de agitar um pouco mais o palco. É verdade que para o fim a banda soltou-se e todos se mexiam, mas a nível musical não posso elogiar por aí além. A sonoridade da banda é bastante similar de música para música e a sensação geral é de que apenas produzem barulho, nada diferente do habitual em bandas do género. Não se pode dizer que tenha sido uma má prestação, mas o facto de terem demorado tempo a soltar-se, impediu-os de causar mais sensação.
A banda seguinte já tocou neste palco mais do que qualquer outra, falo dos setubalenses Blame the Skies. Em jeito de apresentação do seu EP, que será lançado brevemente, a banda concentrou-se em toca-lo na integra. Excluindo o problema de som que colocou a voz de um dos vocalistas mais baixa do que seria de esperar, os Blame the Skies estiveram perfeitos. Esteve lá tudo, os seus solos, o seu peso, os seus berros, a sua voz clean, o seu jeito, e todos nós assistimos a um belo prazer de estar em palco e tocar para Setúbal. A banda está cada vez mais coesa e o seu som apresenta-se sem quaisquer problemas, com uma grande qualidade. O metal dos próximos anos vive por aqui.
Os Moe's Implosion estavam metidos no meio do hardcore e metal pesado, mas a verdade é que o concerto deles em nada ficou atrás do resto das bandas, muito pelo contrário. Os Moe's Implosion são, ao vivo, uma das maiores forças de energia que se pode ver em palco e o seu som está cada vez melhor, mais alucinante, mais pesado, mais perfeito. Foi pena o escasso tempo de concerto, pois esta banda tem qualidade para manter vivo o público durante muito muito mais tempo. Diz-se que estarão cá em Abril e isso é sem dúvida uma excelente noticia.
O seu álbum, a sair dentro de pouco tempo, vai sem dúvida causar muito impacto na música nacional e possivelmente dar-lhes o lugar que tanto merecem. É fácil fazer-se boa música quando os músicos são tão bons.
Os All Emotions Day fecharam a noite e deram possivelmente o concerto mais estrondoso da noite, não tivesse o vocalista uma das vozes nacionais mais poderosas. Incrivel a actuação desta grande banda de Moura, tanto a nível de intensidade como instrumentalidade e peso. Sem dúvida um enorme concerto de uma banda que teima em crescer de ano para ano e consolidar-se cada vez mais no panorama nacional do metal.
"Com o lançamento do primeiro álbum em Março os The Hypers sobem ao palco Restart em modo ante-estreia no dia8 de Fevereiro, pelas 19 horas.
Os The Hypers formaram-se no verão de 2006 em Lisboa com Gonçalo Larsen (guitarra/voz), Filipe Paixão (baixo/voz) e Pedro Veiga (bateria).
A banda trabalhou durante o primeiro ano na primeira Demo “Coming Out Loud” que foi rapidamente classificada como “enérgica e frenética”.
A banda logo obteve fantásticas críticas, tendo começado a tocar pelo país. “Close to Me” e “The Voice of a Broken Generation” (singles da primeira Demo) têm passado em rádios como Antena 3, Radar, etc.
Com o suporte da MTV e Myspace Portugal, os The Hypers tocaram no festival Levi´s Live Unbuttoned e no mesmo ano de 2008 gravaram a segunda Demo “Wreckage of a Riot”.
No ano passado, foram finalistas num dos maiores festivais de bandas nacionais, o Festival Termómetro. Ganharam o "Concurso de Música Moderna de Corroios" e também o "7Rock" em Setúbal.
Estão ainda presentes na colectânea Novos Talentos Fnac 2010."
Azevedo Silva continua a apresentar o seu último álbum, "Carrossel", pelos auditórios das Fnacs, e ontem esteve na do Colombo a tocar alguns dos temas que compõem o disco, bem como algumas músicas mais antigas e que sabem sempre bem ouvir. Nós estaremos a seguir o percurso deste cantautor durante as próximas datas (que relembro, podem consultar aqui). Para já, podem ver as fotos e a setlist do showcase que se realizou ontem.
Azevedo Silva @ Fnac Colombo (27-01-2011)
Setlist: 1. De Olhos Fechados
2. Carrossel
3. Bússola
4. A Democracia Será Vingada no Rossio
5. Dona Solidão
6. A Mãe
7. Manel Cruz e a Canção da Canção Triste
8. Palavras de Ninguém
9. Um Pobre Diabo
Anaquim ao vivo na Sala 1 do Cinema São Jorge 10 de Fevereiro às 21h30 Preço: 12€
"Foram muitos os concertos e as cidades que os Anaquim percorreram desde que editaram o seu álbum de estreia, "As Vidas dos Outros". Agora regressam a Lisboa, depois de por aqui terem passado primeiro no Super Bock em Stock, ainda sem álbum editado, meses depois num dos concertos que serviu de apresentação ao disco, ambos no Maxime. A 10 de Fevereiro, pelas 21h30, os Anaquim sobem ao palco do S. Jorge. Os bilhetes estão à venda nos locais habituais. A banda encontra-se neste momento em estúdio a preparar uma reedição do disco, que se prevê chegar às lojas ainda em Janeiro. Recorde-se que O álbum de estreia dos Anaquim foi editado em Março e entrou directamente para o 12º lugar do top nacional de vendas. Recentemente ficou no top 10 dos álbuns nacionais preferidos dos leitores da revista "Blitz". O tema que dá nome ao álbum e agora "Lusíadas" são os singles que rodam nas rádios nacionais. O álbum conta ainda com uma participação de Ana Bacalhau, dos Deolinda, no tema "O Meu Coração" e os Anaquim participaram recentemente no disco da Leopoldina com uma versão do tema "Tom Sawyer"."
Armando Teixeira é já uma figura que dispensa apresentações no panorama musical português, seja pelo seu trabalho como produtor, seja pela sua participação em várias bandas em diversos registos de som. Quando assentou num projecto a solo, surgiram estes BALLA, corria o ano 2000, e desde então o seu percurso tem sido mais constante e sustentado, e é já no final de 2010 que surge o quarto álbum deste projecto, Equilíbrio teve honras de apresentação ao vivo pela primeira vez no país no LUX, em Lisboa, para uma casa bem composta e ávida de fãs desejosos de ver a actuação do músico.
Numa primeira parte surpresa, actuou Miguel Nicolau, guitarrista que acompanha os BALLA ao vivo, com o seu primeiro projecto a solo, Memória de Peixe. A premissa é simples, apenas o som da guitarra, em músicas com várias camadas de som, e que acabam por resultar em melodias interessantes. Foi um set curtinho, até porque parece ser um projecto recente, mas serviu o propósito e despertou o interesse do público, que certamente ficará atento à evolução deste projecto.
Memória de Peixe @ LUX (10-12-2010)
Por volta das 23h, os BALLA sobem então ao palco para a primeira grande ovação da noite, e é logo com o primeiro single deste novo álbum que arrancam com o concerto. Montra serve de mote para o que viria a ser o concerto, Armando Teixeira continua igual a si próprio, e com a sua postura sempre a aparentar uma certa tranquilidade (já são muitos anos disto) assenta a setlist principalmente nos temas de Equilíbrio, no entanto, e para felicidade de muitos, não faltaram também algumas músicas do álbum anterior, A Grande Mentira, nomeadamente os muito conhecidos Fim da Luta e Outro Futuro, entoados em uníssono com o público.
Como anunciado, este concerto de apresentação de Equilíbrio no LUX teve a participação de dois dos convidados que igualmente participam no álbum. O primeiro convidado a subir ao palco a convite de Armando Teixeira foi Liliana Correia, voz dos Bullet, que interpretou 3 temas com a banda, o primeiro dos quais foi Ao Deus Dará, com a letra de Miguel Esteves Cardoso.
Antes do segundo convidado entrar em cena, houve tempo para Lixo, mais um tema de Equilíbrio e cuja a letra é da autoria de Pedro Mexia, talvez por isso tenha sido mais complicado a interpretação ao vivo da música, "espero não me enganar", dizia-nos Armando Teixeira antes de iniciar o tema, e a verdade é que acabou por acontecer, nada que manchasse a actuação no entanto, numa altura em que o público acabou por incentivar o intérprete, que apoiado numa cábula colada na coluna acabou por completar a canção sem mais sobressaltos.
A partir daqui foi a crescer até ao término do espectáculo, Samuel Úria, o segundo convidado da noite entrou em palco, e contrastou com a personalidade mais introvertida de Armando Teixeira para abrilhantar um bocado mais a noite. Num estilo muito Pee Wee Herman, com as suas danças e expressões faciais, Úria interpretou com Armando os temas Fim da Luta e Equilíbrio, faixas que encerraram o concerto antes do encore.
E foi precisamente já no encore, e depois da já comentada e muito aplaudida Outro Futuro, que os BALLA interpretam de novo Montra, desta vez já acompanhados pelos cânticos do público e também de Samuel Úria que acabou por subir mais uma vez ao palco para um momento que não estava previsto, mas que acabou por encerrar em festa este concerto.
Balla @ LUX (10-12-2010)
Setlist: 1. Montra
2. Queda
3. Tudo
4. Misteriosa Velocidade
5. Saltei de Mim
6. Ao Deus Dará
7. Fogo Exemplar
8. Tempestade
9. Lixo
10. Fim da Luta
11. Equilíbrio
Os Torche vão estar no nosso país nos próximos dias 17 e 18 de Novembro para dois concertos, o primeiro em Lisboa no Santiago Alquimista e o segundo no Porto no Plano B. A banda convidada para a primeira parte de ambos os concertos são os portugueses Men Eater. O bilhete custa 13€ tanto em Lisboa como no Porto. Segue então o cartaz e mais informações.
Pavilhão Atlântico completamente lotado para receber aquele que é um dos mais acarinhados artistas internacionais do momento, Michael Bublé. Desengane-se quem pensa que os seus concertos são só musica e aborrecimento. Michael preocupa-se em entreter o seu público, e tal como o próprio disse, "isto não é um concerto, é uma festa!". E foi sem dúvida uma festa, que começou com um enorme espetáculo visual, teve vários momentos de stando up comedy (muito bons) e até uma imitação de Michael Jackson. Michael soube entreter o público e agarra-lo do inicio ao fim, mas deixemos para já o grande concerto para o fim e falemos da banda de abertura, que é sem dúvida algo de enorme qualidade.
Os Naturally 7 foram os escolhidos para começarem a entreter o público presente no Pavilhão. O que o público não sabia, é que estes Naturally 7 são um talento imenso, sete artistas que não usam instrumentos, apenas a sua voz para recriar esses mesmos instrumentos. Esse "vocal play", como eles chamam, é por nós denominado de "beatbox", mas não é nada vulgar para o que tenhamos visto por aí. É inacreditavel a forma como imitam uma bateria, um baixo, guitarras, harmónicas.. O talento é inigualável e foi sem dúvida uma grande surpresa para iniciar a noite, que se provou bastante positiva, sendo capaz de pôr todo o Pavilhão Atlântico a dançar e numa agitação infernal. Os Naturally 7 conquistaram o público português e nós retribuímos com muitos saltos.
Quanto a Michael Bublé, tivemos uma entrada à grande, completamente associada à sua imagem de show man. "Cry me a river" termina com um grande impacto visual e pirotécnico. Por entre as músicas Bublé mete-se com o público, contando histórias e desenvolvendo diálogos. Tudo isto através da comédia, criando pequenos momentos de stand up comedy, aliado à sua boa disposição e energia, Musicalmente Bublé não engana, apresenta-nos um espectáculo fiel, surpreendente nalgumas partes, graças à fabulosa orquestra.
Ao apresentar a sua banda, Michael cria em nós a ideia de quem existe um português lá pelo meio, chegando a apresentar um dos membros da orquestra como de origem portuguesa, desmentindo-o após o enorme aplauso do equivocado publico portugues. No fim da dita piada, confessa que vai parar ao inferno, mostrando ser um homem cheio de bom humor.
O público respondeu ao máximo, saltando e gritando em todas as músicas. Bublé também saltava no palco, até saltar para o público e concentrar-se no centro do Pavilhão, levando ao extase o imenso público português. Certamente um momento que ninguém irá esquecer.
Michael Bublé pode imitar todo o seu espetáculo e recria-lo em todos os concertos, mas é sem duvida o artista máximo, que ao invés de se limitar à sua fabulosa musica, a lembrar obrigatoriamente Sinatra, cria algo mais, um espetáculo de imensa interação com os seus fãs e de imensos momentos de comédia. Podia ter sido mais energético nalgumas músicas e ter cantado com mais enfase, mas foi sem duvida um enorme espetáculo, merecedor de destaque no panorama musical.
Michael Bublé demonstrou a um Pavilhão lotado porque é tão acarinhado, porque vendeu mais de 25 milhões de discos e porque é considerado o novo Sinatra. Realmente fantástico!
Na passada sexta-feira, dia 15 de Outubro, a Capricho Setubalense teve a honra de receber uma das bandas mais bem sucedidas da música underground portuguesa, os Devil In Me. Desta vez a casa não esteve cheia, talvez por ser sexta ou por no mesmo dia e à mesma hora os setubalenses The Doups estarem a dar um concerto bem perto deste.
Quase à hora certa, os setubalenses Blame the Skies abriram esta noite de concertos. Apresentando o novo vocalista( Alex), a banda de metalcore de Setúbal deu um mini concerto, mas que foi algo de genial. Em pouco mais de 25 minutos apresentaram aquelas que vão ser as músicas do seu primeiro EP, algumas já bem conhecidas do público. Os Blame The Skies têm talento para dar e vender, começando na bateria e acabando nas guitarras, sem nunca esquecer o baixo e as vozes. Precisam urgentemente de uma tour por Portugal, para darem a conhecer o seu talento bem pesado.
De seguida tivemos o prazer de absorver toda a energia libertada pelos Mothership, na minha opinião uma das melhores bandas que Setúbal ofereceu nos últimos anos. Praticando um rock/metal progressivo, os Mothership apresentaram-se com uma novidade, um teclista, que cria um novo ambiente em torno da banda, favorecendo toda a música. É difícil destacar apenas uma coisa na banda e seria injusto referir apenas um membro, pois são todos grandes músicos, mas a bateria é o motor de todo este engenho artístico, roçando a perfeição e nunca falhando os tempos. Esta é uma banda que precisa urgentemente de concertos em Lisboa, esse local onde estarão a maior parte dos seus ouvintes, pois Setúbal não é uma boa cidade para o rock progressivo.
Os Hills Have Eyes deram um espectáculo imenso, com todo o seu poderio e coesão, transformando-se cada vez mais num símbolo musical da cidade, percorrendo o mesmo caminho que os More Than A Thousand.
Para o final da noite tivemos os cabeças de cartaz: Devil In Me. Nome poderoso no mundo da música nacional underground, nomeadamente no hardcore. Estes rapazes têm vários dons, um deles é de entusiasmar rapidamente as plateias por onde passam, e Setúbal não lhes é indiferente, pelo contrário, há um grande núcleo de fãs dos Devil In Me. O concerto em si foi o esperado, muita energia, muito contacto com o público, o chão da Capricho a balançar e muito, muito hardcore.
Os Boca Doce foram uma das bandas presentes no evento 24h pelo Combate à Pobreza e Exclusão Social que aconteceu ontem na LX Factory, em Lisboa.
Para quem não os conhece, eles são uma banda que faz versões punk rock de alguns artistas de renome portugueses, e se há coisa garantida num concerto desta banda, é animação. José Clementino e companhia não deixam créditos por mãos alheias e seja um concerto de 15, 30 ou 60 minutos, a entrega e o empenho é a mesmo, sempre vestidos a rigor e acompanhados pelos seus bigodes que destilam estilo, a banda entrou ontem em palco para um público que não será totalmente o deles, mas que ainda assim não deixou de pedir por mais músicas no final, era curto o tempo e soube a pouco, mas arrisco-me a dizer que fosse o tempo que fosse, a sensação seria idêntica, queremos mais Boca Doce!
Os Mothership são uma banda de rock/metal progressivo, com influências claras de Dream Theater. Ao todo são 5 rapazes com imenso talento musical, que gostam todos do mesmo estilo musical e conseguem criar um som bastante coeso para os fãs da música prog. Por Portugal temos poucas bandas de rock progressivo, facto que torna ainda mais especial esta banda.
Dia 15 e 16 de Outubro eles vão estar em força por Setúbal, com dois concertos bem compostos!
No dia 15 de Outubro teremos os Mothership inseridos na tour dos Devil In Me, juntamente com os setubalenses Hills Have Eyes e Blame The Skies. Este concerto custará 5 euros e realizar-se-à na Capricho Setubalense. No dia 16 de Outubro teremos além de Mothership, os "mathcorianos" Porn Sheep Hospital e novamente os Blame the Skies, no IPJ!
Portanto, se gostas de rock/metal, não podes perder este fim de semana em Setúbal, onde algumas das melhores bandas da cidade se vão apresentar, além dos fantásticos Devil In Me! Aparece!
Em véspera de feriado da Implantação da República o MusicBox recebeu os Smix Smox Smux e Os Capitães da Areia para uma noite de concertos Amor Fúria, casa mãe de ambas as bandas.
Foi uma pena que não houvesse mais pessoas a mobilizar-se para o MusicBox de forma assistir a estes concertos, é que se é verdade que para alguns o fim-de-semana era prolongado, e só por isso seria já uma data arriscada, juntamente com o preço pouco apelativo do bilhete, também é verdade que isso não justifica de todo a pouca afluência que os concertos tiveram, mas isto já seria outra história, e não é de agora, adiante.
Coube aos Capitães da Areia abrirem a noite com o seu pop rock descontraído, como já aqui tinha tido oportunidade de lhe chamar noutra ocasião. E se naquela altura achei que seriam essencialmente uma banda com músicas para o Verão, será interessante ver como é que a banda se adapta às outras estações. É que areia há todo o ano, mar e praia também, condições favoráveis para a prática veraneante é que é mais complicado, no entanto, e como provado por algum do público presente, a vontade de dançar é indiferente à temperatura que se faça sentir, e isso, acompanhado por alguma nostalgia de verões passados podem fazer com que a estrada a percorrer por estes cinco capitães seja mais tranquila. Para já parecem estar a lidar bem com isso, e no dia 19 de Novembro quem quiser poderá comprová-lo no Cabaret Maxime, em Lisboa.
Para encerrar a noite, eles são os Smix Smox Smux. É assim a apresentação da banda, e será realmente necessário saber algo mais? Se sim, eles acrescentam que o Smix toca baixo, o Smox toca guitarra e o Smux toca bateria, para além disso também cantam (ou pelo menos tentam). Esforçados como são, têm também um álbum, comenta-se algures a meio do concerto.
Apresentações aparte, esta banda bracarense regressou ontem ao MusicBox, depois da passagem que tiveram por lá em Dezembro de 2008, e no qual gravaram inclusive algumas imagens para o vídeo do tema Toques Polifónicos.
Ontem o cenário era diferente, mas isso não impediu a banda de dar um bom concerto e de se divertir à mesma. O concerto começou logo com um dos temas mais conhecidos da banda, o Famel Zundapp deu o mote para o resto do concerto, ou do que seria de esperar do concerto e da reacção do público, dança, coros e muita interacção, que em certa medida resultou, houve-o em quantidade moderada, principalmente em músicas como a Toques Polifónicos, Animal Vegetal ou Intifada, apenas para mencionar algumas.
Entre algumas críticas aos preços praticados, tocou-se um tema que não está editado, de seu nome Girafa e que provavelmente conta as aventuras da Girafa Madalena e dos seus amigos, e um outro que será editado brevemente numa compilação da Amor Fúria, o Boato.
A música Assalto foi dedicada ao Socras, assim chamado no norte, e cantou-se em plenos pulmões “vamos assaltar o Socras” (vá-se lá compreender porquê não é?), e sem pausas do Assalto passou-se para a Intifada, sem medos.
Para terminar o concerto estavam guardadas as duas músicas que faltavam tocar para completar o EP lançado pela banda em 2007, primeiro a Bisnaga, e depois em versão encore, acabou-se mesmo o concerto a cantar “sopa na mesa, nãoooo!”
Dada a ordem para o DJ começar a passar música, acabou assim a noite, Lisboa fica agora à espera do próximo regresso dos Smix Smox Smux, e de preferência com um público a condizer, estes 3 rapazes merecem-no.
Os Twenty Inch Burial foram uma banda portuguesa de Metalcore, formada em 2000 e extinta em 2007. Pode-se dizer que foi a banda mais famosa do género a nível nacional, numa época em que a música underground ainda era muito underground e em que os media não cobriam de forma capaz este fenómeno. Desde 2007 têm surgido inúmeros pedidos para que a banda volte. A recusa foi sempre a resposta imediata da banda, que não aceitava regressar. Os músicos tinham seguido novos caminhos e todos eles tinham novos projectos musicais, bastante interessantes.
Actualmente, podemos claramente dizer que os More Than A Thousand são a banda mais famosa do género. Foram eles que pegaram no testumunho dos Twenty Inch Burial e escalaram caminho até ao topo. Aproveitaram o uso crescente dos media e da internet como órgão social, e conseguiram criar fãs muito além da camada chamada "underground".
Agora, três anos depois da separação dos Twenty Inch, o impossível vai acontecer. A banda regressa assim para concertos no Festival Ressurection em Espanha, no Porto e em Lisboa.
Uma boa oportunidade para aqueles fãs que esperaram três anos, verem a sua banda a despedir-se em grande. O concerto em Lisboa está agendado para dia 13 de Novembro na Caixa Operária Económica, e o do Porto para dia 12 de Novembro, no HardClub.
Os Smix Smox Smux vão descer até Lisboa para estar no Musicbox num concerto com Os Capitães da Areia, em véspera de feriado (4 de Outubro) está garantida a festa, se restarem dúvidas apareçam por lá e comprovem-no, é mesmo o melhor que têm a fazer!
Próximas datas:
4 de Outubro - Musicbox, Lisboa (com Os Capitães da Areia)
30 de Outubro - Tertúlia Castelense, Maia
6 de Novembro - Maus hábitos, Porto
27 de Novembro - Auditório Sá de Miranda, Braga (Rock Like An Animal Fest com Noiserv, At Freddys House e Eggbox)
Os MAU andam em digressão pelas fnacs a apresentar o seu terceiro álbum de originais Backseat Love Songs e ontem foi a vez do auditório da Fnac do Vasco da Gama receber o som electro pop desta banda.
Foi um Museu da Música bastante bem composto que recebeu ontem a actuação de Norberto Lobo. Com dois álbuns editados, “Mudar de Bina” e “Pata Lenta”, este último no ano transacto, o músico passou pelo museu para apresentar alguns dos seus temas.
Fazendo-se servir da sua guitarra acústica, Norberto assumiu o centro da sala, e qual contador de histórias serviu-nos a sua música tranquila e ao mesmo tempo algo complexa e bem intrínseca a si e à relação que tem com a sua guitarra.
Com poucas pausas entre músicas, não foi ao acaso que mencionei um contador de histórias, com muita gente sentada no chão e quase a rodear Norberto numa meia-lua, as luzes em baixo e a focar apenas no músico, o ambiente remetia-nos para um daqueles cenários em que está uma figura solitária no centro e toda a atenção está focada nessa mesma figura, que nos conta uma história, neste caso sem palavras, apenas com notas musicais destiladas das guitarras que acompanham Norberto nesta jornada musical.
O público esse, seguia quase em transe a actuação do músico e aplaudiu com força e satisfação Norberto, que entre os aplausos e agradecimentos acabou por se despedir do público certamente com o sentimento de dever cumprido.
Facto incontestável, Melech Mechaya é sinónimo de festa. Partindo desta premissa, comprovada por todos os fãs, curiosos e até mesmo descrentes que se tenham cruzado com um concerto desta banda, o que se pode dizer em relação ao que se passou no CCB?
Primeiro que tudo, que o concerto estava inserido na programação CCB Fora de Si 2010, um evento que pretende dinamizar um pouco a zona de Belém durante esta altura em que ainda há uma afluência grande de turistas a passar férias em Lisboa, e que claro, não pode deixar Belém fora do roteiro, mas não só, também para as pessoas que vivem na cidade, e em que o mês de Agosto é geralmente um mês algo parado no que à música ao vivo diz respeito, é bom ter este tipo de iniciativas.
Agora, antes de entrar no concerto propriamente dito, outro facto. A música dos Melech Mechaya não é de todo algo que seja comum fazer-se no nosso país, no entanto, e pelo que observei ontem, e também já tinha tido oportunidade de observar em outros concertos desta banda, isso não impede as pessoas de conhecerem, cantarem, e dançarem ao som que nos é proporcionado. O mar de gente que costuma povoar os concertos prova-o, as coreografias já ‘ensaiadas’ e as interjeições dadas nos sítios correctos das músicas também (ainda que a banda faça questão de pedir e ensaiar durante a música aquilo que querem do público, integrando assim toda a gente que quiser participar).
Como já devem ter podido imaginar, e mesmo sabendo que me vou repetir, o concerto foi festa, foi um partilhar de energia entre público e banda sempre em interacção, fosse pelo que já descrevi em cima, fosse pelo convite da banda ao público para ir dançar no palco, algo que foi bastante bem recebido diga-se, e que fez com que o palco se enche-se de pessoas prontas a divertir-se com a banda, fosse ainda pelo bastante carismático e comunicativo vocalista Miguel Veríssimo que sempre que intervia agarrava o público com as suas palavras carregadas de humor, e que se adequam e complementam o espectáculo e a música que os Melech Mechaya nos oferecem.
E neste registo, houve tempo para uma versão ‘klezmer’ instrumental da música Smooth Criminal, que serviu de introdução a um original da banda, uma versão improvisada de Hakuna Matata, que é uma bela filosofia de vida diga-se, e que ficou popularizada no filme ‘O Rei Leão’, entre mais um sem número de coisas que têm que ser vividas e experimentadas num concerto dos Melech Mechaya.
Sempre humildes, e bastante agradecidos a toda a equipa que possibilita que o espectáculo seja montado e a toda a crew que os acompanha, a banda despediu-se, voltando ainda para um encore merecido e fortemente pedido pelo público que voltou a invadir o palco para o que foi um final de concerto em apoteose.
Os Sean Riley & The Slowriders foram mais uma das bandas que a organização da iniciativa Alcobaça Summer Nights conseguiu levar até à baía de São Martinho do Porto para dar música a residentes, a quem por esta altura está lá de férias, ou a pessoas que tal como eu, aproveitam para passar um fim de semana fora do calor e da confusão da cidade.
Sempre com a baía como pano de fundo, deve ser sempre um cenário diferente do habitual para a maioria das bandas, e uma oportunidade rara a de poder tocar num local destes, em vez das habituais salas fechadas, não que estas sejam uma coisa má, é apenas diferente, para além de ter o seu quê de inspirador.
A banda, com dois discos já editados, percorreu o seu repertório de músicas, incluindo o já famoso single do novo álbum, This Woman. Houve ainda tempo para a versão de State Trooper, original de Bruce Springsteen e para um encore que fez as delicias dos fãs que marcaram presença no concerto e que pediram a música Moving On, a banda acedeu, e o público agradece a gentileza.
Sean Riley & The Slowriders @ São Martinho do Porto (14-08-2010)