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quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

The Hypers no Auditório da Restart

Ontem o auditório da Restart respirou o rock'n'roll dos The Hypers. Aproveitando o facto do seu primeiro álbum estar a sair em Março, a banda apresentou alguns dos temas que o compõem, e embora o público fosse algo "tímido", já que era composto quase exclusivamente por alunos da escola, que de uma forma ou de outra estavam ali a trabalhar, deu tempo ainda para um encore dedicado "às raparigas bonitas que apareceram para o concerto, e para as outras também", com uma cover dos Wolfmother, "Woman".

The Hypers @ Restart (08-02-2011)


Para conhecer melhor a banda é aqui:
Myspace
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sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Azevedo Silva na Fnac do Colombo

Azevedo Silva continua a apresentar o seu último álbum, "Carrossel", pelos auditórios das Fnacs, e ontem esteve na do Colombo a tocar alguns dos temas que compõem o disco, bem como algumas músicas mais antigas e que sabem sempre bem ouvir. Nós estaremos a seguir o percurso deste cantautor durante as próximas datas (que relembro, podem consultar aqui). Para já, podem ver as fotos e a setlist do showcase que se realizou ontem.

Azevedo Silva @ Fnac Colombo (27-01-2011)


Setlist:
1. De Olhos Fechados
2. Carrossel
3. Bússola
4. A Democracia Será Vingada no Rossio
5. Dona Solidão
6. A Mãe
7. Manel Cruz e a Canção da Canção Triste
8. Palavras de Ninguém
9. Um Pobre Diabo

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Les Profs de Skids na Groovie Records

A Associação Terapêutica Do Ruído apresentou-nos os Les Profs de Skids como uma banda de surf-punk de Grenoble, uma cidade merdosa situada no coração dos Alpes franceses. Quanto à cidade não me posso pronunciar, pois nunca lá estive, mas onde estive ontem, foi na Groovie Records, onde pude comprovar como o termo surf-punk se adequa perfeitamente à música que este trio francês faz.

Primeiro que tudo, quero dizer que tem que existir um qualquer factor de fixeza associado a este tipo de iniciativas, é daquelas coisas que existem apenas por gosto à música e a tudo o que isso implica, senão veja-se, organizado numa loja de música, num espaço que é como se fosse uma sala ou um quarto de uma qualquer pessoa, de entrada livre e com uma banda que fez kilómetros e kilómetros de carro para dar dois concertos no nosso país. Gostando-se ou não, é de louvar e apoiar esta atitude e estes eventos, porque quem sabe, hoje trouxeram uma banda que até podia nem ser muito da vossa preferência, mas amanhã podem trazer uma que vos agrade mais.

Neste capítulo não posso dizer que tenha ficado a perder por ter marcado presença para ver os Les Profs de Skids. Todo o concerto parece uma banda sonora para um daqueles filmes de verão, possivelmente com o protagonista num paraíso tropical (com alusão ao pano pendurado atrás do baterista e às camisas e aos colares de flores usados), onde possa apanhar umas ondas e conquistar umas miúdas. Fácil de se ouvir, fica na cabeça a música desta banda francesa, que entre temas esforça-se por comunicar com o público, tentando inclusive algumas incursões pela nossa língua.

E na verdade, é tudo o que se precisa para se passar um bom bocado de uma tarde, é divertimento na sua forma pura, organizado, tocado e festejado apenas por quem quer esquecer os problemas por um tempo e gozar a vida.

Les Profs de Skids @ Groovie Records (17-01-2011)

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Exposição de fotografia "Tejando"


Iniciou-se no passado dia 17 de Dezembro na discoteca HN, em Casal de Cambra, Sintra, uma exposição fotográfica que promete pôr à prova a audácia e criatividade de todos os fotógrafos ou meros amadores apaixonados por fotografia. Esta iniciativa, que parte da própria discoteca HN e do arquitecto e impulsionador da fotografia, Luís Correia Cardoso, desafia fotógrafos mais ou menos profissionais a expor as suas fotografias sobre o rio Tejo ao público.
A exposição decorre todos os dias, excepto segunda, à noite e tem o seu término apenas dia 9 de Janeiro.
Pode-se pensar que, muitas vezes, a arte e a cultura são mundos elitistas e em que apenas alguns têm hipótese de singrar; esta é uma iniciativa que vai contra tudo isso, tentando levar a cultura a todos e aproximando a fotografia de todo o público.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Nicotine's Orchestra no MusicBox

Nick Nicotine esteve ontem no Musicbox para um mini concerto inserido em mais um Offbeatz, acompanhado pela sua Mystical Orchestra, que não é uma orquestra no sentido literal da palavra, mas sim a banda que o acompanha em palco, tocou 5 músicas e deixou o público a pedir por mais no final. Embora isso não se tenha concretizado, certamente que este público mais tarde ou mais cedo vai poder ter a oportunidade de ouvir Nick Nicotine de novo, num concerto mais completo, a apresentar o seu mais recente álbum Ghosts and Spirits.

Nicotine's Orchestra @ MusicBox (15-12-2010)


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sábado, 11 de dezembro de 2010

BALLA no LUX

Armando Teixeira é já uma figura que dispensa apresentações no panorama musical português, seja pelo seu trabalho como produtor, seja pela sua participação em várias bandas em diversos registos de som. Quando assentou num projecto a solo, surgiram estes BALLA, corria o ano 2000, e desde então o seu percurso tem sido mais constante e sustentado, e é já no final de 2010 que surge o quarto álbum deste projecto, Equilíbrio teve honras de apresentação ao vivo pela primeira vez no país no LUX, em Lisboa, para uma casa bem composta e ávida de fãs desejosos de ver a actuação do músico.

Numa primeira parte surpresa, actuou Miguel Nicolau, guitarrista que acompanha os BALLA ao vivo, com o seu primeiro projecto a solo, Memória de Peixe. A premissa é simples, apenas o som da guitarra, em músicas com várias camadas de som, e que acabam por resultar em melodias interessantes. Foi um set curtinho, até porque parece ser um projecto recente, mas serviu o propósito e despertou o interesse do público, que certamente ficará atento à evolução deste projecto.

Memória de Peixe @ LUX (10-12-2010)


Por volta das 23h, os BALLA sobem então ao palco para a primeira grande ovação da noite, e é logo com o primeiro single deste novo álbum que arrancam com o concerto. Montra serve de mote para o que viria a ser o concerto, Armando Teixeira continua igual a si próprio, e com a sua postura sempre a aparentar uma certa tranquilidade (já são muitos anos disto) assenta a setlist principalmente nos temas de Equilíbrio, no entanto, e para felicidade de muitos, não faltaram também algumas músicas do álbum anterior, A Grande Mentira, nomeadamente os muito conhecidos Fim da Luta e Outro Futuro, entoados em uníssono com o público.

Como anunciado, este concerto de apresentação de Equilíbrio no LUX teve a participação de dois dos convidados que igualmente participam no álbum. O primeiro convidado a subir ao palco a convite de Armando Teixeira foi Liliana Correia, voz dos Bullet, que interpretou 3 temas com a banda, o primeiro dos quais foi Ao Deus Dará, com a letra de Miguel Esteves Cardoso.

Antes do segundo convidado entrar em cena, houve tempo para Lixo, mais um tema de Equilíbrio e cuja a letra é da autoria de Pedro Mexia, talvez por isso tenha sido mais complicado a interpretação ao vivo da música, "espero não me enganar", dizia-nos Armando Teixeira antes de iniciar o tema, e a verdade é que acabou por acontecer, nada que manchasse a actuação no entanto, numa altura em que o público acabou por incentivar o intérprete, que apoiado numa cábula colada na coluna acabou por completar a canção sem mais sobressaltos.

A partir daqui foi a crescer até ao término do espectáculo, Samuel Úria, o segundo convidado da noite entrou em palco, e contrastou com a personalidade mais introvertida de Armando Teixeira para abrilhantar um bocado mais a noite. Num estilo muito Pee Wee Herman, com as suas danças e expressões faciais, Úria interpretou com Armando os temas Fim da Luta e Equilíbrio, faixas que encerraram o concerto antes do encore.

E foi precisamente já no encore, e depois da já comentada e muito aplaudida Outro Futuro, que os BALLA interpretam de novo Montra, desta vez já acompanhados pelos cânticos do público e também de Samuel Úria que acabou por subir mais uma vez ao palco para um momento que não estava previsto, mas que acabou por encerrar em festa este concerto.

Balla @ LUX (10-12-2010)



Setlist:
1. Montra
2. Queda
3. Tudo
4. Misteriosa Velocidade
5. Saltei de Mim
6. Ao Deus Dará
7. Fogo Exemplar
8. Tempestade
9. Lixo
10. Fim da Luta
11. Equilíbrio

Encore:
12. Outro Futuro
13. Montra

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

peixe:avião na Fnac do Colombo

Em dia aderente por todas as Fnacs do país, os peixe:avião foram uma das bandas convidadas para dar um showcase no auditório da Fnac do Colombo.
Foram cinco os temas apresentados por esta banda de Braga, todos eles saídos do mais recente trabalho discográfico, Madrugada.

peixe:avião @ Fnac Colombo (26-11-2010)


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segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Shivers na Fnac do Chiado

Os Shivers são tudo menos uma banda comum, das letras ao vestuário, da atitude ao contacto com o público, a diferença é desde logo marcada. Seria isto a melhor forma de definir a banda ao invés da música? Provavelmente não, mas num mercado já muito saturado, a vontade de ser e fazer algo diferente é sempre bem vinda, e desde logo não se pense que as duas coisas andam muito demarcadas, já que os factos todos que referi anteriormente servem apenas para complementar as músicas que estes dois jovens do Pinhal Novo têm para apresentar. É que com eles, o Rock Popular Caramelo nasceu, e parece que veio para ficar e fazer estragos.
Foram 7 os temas apresentados esta tarde/noite no auditório da Fnac do Chiado, e se posso dizer que já tinha visto crowdsurfing num showcase de uma outra banda na fnac, a partir de hoje posso também dizer que já vi o público a fazer a festa com a banda em palco, com direito a um mosh algo tímido (apenas e só devido ao pouco espaço, pareceu-me).
Sempre com o humor na ponta da língua, com uma guitarrada rápida e furiosa e uma percussão feroz, foram poucos os momentos de descanso, principalmente para João Arroja, que várias vezes saiu do palco para o meio do público, onde 'emprestou' o baixo para quem quisesse tocar uns acordes, mas também para Igor Azougado, que entre o headbanging e as movimentações em palco, teve uma ou outra incursão pelo público.
Sem me querer alongar muito, se ainda não assistiram a um concerto dos Shivers, façam-no. Podem odiar, podem gostar, mas garanto-vos que saiem muito mais bem dispostos do que quando entraram.

Shivers @ Fnac Chiado (15-11-2010)


Setlist:

1. A Sela
2. Epah
3. Jantar À da Minha Avó
4. Alforreca do Espaço
5. Tu És Um Ganda Ganâncias
6. Gordon
7. Amendoins Po Gordo

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domingo, 7 de novembro de 2010

Bypass na Fnac do Chiado

Os Bypass passaram nesta tarde de domingo pelo auditório da Fnac do Chiado para apresentarem o seu álbum Like Mice and Heroes deste ano. Naquele que foi o último concerto durante os próximos tempos, a banda tocou durante quase uma hora para uma audiência composta mas longe de encher por completo o espaço disponível, como já aconteceu em outras ocasiões. Durante esses cerca de 50 minutos foram tocados praticamentes todos os temas que compõem este álbum, começando pelo single God Knows You Got Me Hanging, tema para o qual foi gravado um clip, que segundo nos contou a banda estará para passar na MTV brevemente. Para o fim estaria guardado uma recordação, Tobogan, do álbum de 2006, Mighty Sounds Pristine, encerrou este pseudo showcase, é que não fosse estar-se numa fnac, com todas aquelas condicionantes inerentes, e passaria facilmente por um concerto numa outra sala qualquer, o que é sempre um aspecto positivo.

Bypass @ Fnac Chiado (07-11-2010)


Setlist:

1. God Knows You Got Me Hanging
2. Selling Hearts
3. Flags and Armours
4.
Bears Are Closer
5.
Gold Figures
6. I'm On It
7.
Someone’s Got Something To Burn
8.
Flutisch
9.
We Strike Like Mice And Heroes
10. Tobogan

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Moonspell no Cinema S. Jorge

O que poderia ser mais apropriado para passar a noite de Halloween do que um concerto dos Moonspell?

Pouco passava das 21h30 quando o carro funerário que transportava a banda estacionou em frente ao Cinema S. Jorge para deixar sair os Moonspell. Foi assim que Fernando Ribeiro, Mike Gaspar, Pedro Paixão, Ricardo Amorim e Aires Pereira passaram pela carpete vermelha posicionada na entrada do S. Jorge e entraram para o mundo de doçuras e travessuras em que a noite se ia transformar.

Lá dentro, na zona do bar, já a música se fazia ouvir, enquanto o projecto de Carlos Monteiro, La Chanson Noire, entretinha as pessoas que preferiram estar por aquela zona antes de entrarem na sala onde iria decorrer o concerto.

E se é verdade que era a segunda noite em que os Moonspell iam apresentar em Lisboa, no Cinema S. Jorge, a sua digressão Sombra, também é verdade que não foi isso que impediu as pessoas de corresponderem em peso com a sua presença, embora não tivesse esgotado, a moldura humana (e mais que humana, sobrenatural, como Fernando Ribeiro lhes iria chamar durante o concerto) compôs da melhor forma a sala maior do S. Jorge.

Já dentro da sala, e porque era noite de Halloween, enquanto as pessoas se iam sentando e se esperava pela entrada em palco dos Opus Diabolicum, a música era outra, e era-nos dada pela banda sonora do filme The Nightmare Before Christmas de Tim Burton e ia fazendo com que o público se fosse habituando ao espírito bem próprio da noite.

Quando as luzes começam a baixar sabemos que é altura do primeiro concerto da noite, e é atrás de uma cortina semi-transparente que tapava o palco que surgem os Opus Diabolicum, ao centro do palco apresentam-se quatro violoncelistas (Tiago Rosa, Valter Freitas, Diogo Penha, André Pontífice) e um percussionista (Miguel Oliveira), num palco já preparado para receber a banda da noite, os Opus Diabolicum deram um belíssimo concerto de abertura, com o público a corresponder ao cantar algumas das músicas apresentadas, ou não fossem elas versões dos temas dos Moonspell.

Pelo meio do alinhamento houve também espaço para um original da banda, Moonspell, dedicada aos próprios como não podia deixar de ser, e deixa no ar que um pouco tal como os Apocalyptica começaram com um tributo aos Metallica e depois se desenvolveram para algo mais, os Opus vão pelo mesmo caminho e estão preparados e prontos para dar início às gravações de mais temas, e a julgar pela amostra de ontem, talento para isso não lhes falta.

Opus Diabolicum @ Cinema S. Jorge (31-10-2010)

Terminada esta primeira parte, a expectativa dentro da sala começava a aumentar, e não foi preciso muito tempo até que os Moonspell entrassem em palco, primeiro numa versão em sombras, projectadas na tal cortina que tapava o palco, e depois de ela sumir, na versão humana, com a banda em toda a sua plenitude, acompanhada pelos Opus Diabolicum, e posteriormente pelas Crystal Mountain Singers, o coro feminino que irá acompanhar a banda nesta digressão Sombra e que é composto por Carmen Simões, Sara Belo e Alexandra Bernardo.

Como prometido pela banda, o alinhamento passou por muitas das músicas que habitualmente os Moonspell não tocam ao vivo, e com a sua nova roupagem, acústica ou semi-acústica, acabaram por funcionar muito bem ao vivo.

Entre músicas, Fernando Ribeiro fazia questão de se dirigir ao público, e de entre outros momentos de humor, explicar um pouco a história dos temas, e de como fazia sentido o encaixe dos mesmos no alinhamento, sempre dotado daquela capacidade oratória que lhe é bem reconhecida, acabou por ser também uma noite de dedicatórias sentidas por parte da banda, Mute, uma das mais belas canções que os Moonspell já compuseram, diz-nos Fernando Ribeiro, é dedicada a Peter Steele, o falecido vocalista da banda Type O Negative, também Os Senhores da Guerra, original dos Madredeus, foi dedicada à banda “a melhor”, e em especial a Francisco Ribeiro. O ponto alto da noite, Alma Mater, fez recordar António Sérgio, e mais uma vez embalados nas palavras de Fernando Ribeiro, foi uma das únicas (ou única) músicas, em que o público se levantou e cantou juntamente com a banda o refrão do tema.

Uma palavra também para os efeitos visuais, através de um jogo de luzes bem conseguido, mas mais ainda para o ecrã ao fundo do palco que passava pequenas animações ou imagens durante os temas interpretados, e que deu também uma outra vivacidade ao espectáculo ao vivo, compondo todo um conjunto muito bem pensado e executado por parte de todos os intervenientes da preparação do espectáculo.

E nesse aspecto, houve também um agradecimento em especial, e mais que merecido a Pedro Paixão (guitarrista da banda), que orquestrou e pensou a Sombra. É já sem dúvidas que se sabe que a música dos Moonspell cola bem ao acústico, e a forma como os arranjos foram feitos e o acrescento dos Opus Diabolicum quer nas cordas, quer na ajuda à percussão mais as Crystal Mountain Singers, deram um toque especial às músicas.

Por tudo isto, e durante a hora e meia de concerto que passou a voar, a resposta à pergunta inicial é, nada, ou quase nada.

Se tiverem oportunidade, forem fãs, ou apenas tiverem alguma curiosidade em ver como funciona a faceta semi-acústica numa das maiores bandas de metal nacionais, não percam uma das próximas datas desta digressão Sombra, vale a pena.

Moonspell @ Cinema S. Jorge (31-10-2010)


Setlist:
1. Hand Made God
2. The Southern Deathstyle
3. Wolfshade (A Werewolf Masquerade)
4. Disappear Here
5. Opium
6. Awake
7. Can’t Be
8. 2econd Skin
9. Magdalene
10. Scorpion Flower
11. Luna
12. Mute
13. Alma Mater
14. Senhores da Guerra
15. Full Moon Madness

sábado, 30 de outubro de 2010

Linda Martini no Lux - Lançamento do álbum "Casa Ocupada"

O Lux encheu pelas costuras para receber aquela que é actualmente uma das bandas nacionais de topo. A nível de música cantada em português temos talvez aqui o maior sucesso dos últimos anos, acompanhado com uma evolução primorosa e de imensa qualidade. Falo claro está, dos Linda Martini.
Antes do concerto propriamente dito, as filas de entrada davam uma volta gigantesca, apresentando-nos um mar de gente ansiosa pelo regresso de uma das bandas mais acarinhadas pelo público português. Prova desse amor, foi a lotação mais que esgotada e inventada, a imensa salva de palmas presente em todas as músicas e os hinos musicais, tão decorados quanto um fanático religioso em amor pelo seu livro sagrado. Os Linda Martini são isso mesmo, um movimento amoroso reciproco entre fãs que teimam em aumentar, e uma banda pronta para os receber, através da simpatia e interacção daquele que é possivelmente na actualidade o melhor baterista português, Hélio Morais; e os também extremamente talentosos e simpáticos André Henriques (vocalista e guitarrista), Pedro Geraldes (guitarrista) e Cláudia Guerreiro (baixista). Juntos formam uma unidade musical sem igual, que ao vivo se transforma numa guerra espiritual, criando algo paralelo à nossa realidade. Sem me querer perder muito em metáforas ou analogias, o concerto de Linda Martini no Lux foi, resumidamente, uma entrada num outro universo, no universo da banda, que nos conseguiu transpor para algo perfeito a nível musical e emocional.
Para começar não podiam ter escolhido melhor, "Nós os outros", faixa integrante do álbum de apresentação deste concerto, "Casa Ocupada", encheu o espaço e aqueceu o público, com um Hélio furioso na bateria, cegamente electrizante, e os restantes membros a acompanharem-no em imensa sintonia. "Mulher-a-dias" é o 2º single deste álbum e foi também a segunda música tocada. Tanto foi o empenho da banda que quase que os víamos a correr tal como no videoclip. Energia do melhor ao vivo, fazendo-nos querer ficar nesta música por muito mais tempo do que o que ela dura! "Amigos mortais" foi a confirmação da excelência do novo álbum, e mais importante, que apesar do "rock mais directo", os Linda Martini continuam no caminho da qualidade, da enorme qualidade. A transição para músicas um pouco mais curtas e directas foi perfeita, e a sonoridade-mãe está cá toda presente. Para os fãs da banda as novas músicas sabem a uma continuação perfeita do que é uma evolução natural das coisas. Para os novos fãs, é uma oportunidade de conhecer o lado mais directo dos Linda Martini, podendo depois desenvolver-se uma imensa paixão.
Parar para olhar com calma a banda é uma acção que vale mesmo a pena. Hélio Morais "esmurraça a bateria" como se fosse o seu pior inimigo, numa energia vinda de outro lado do universo. Cláudia Guerreiro entra em êxtase em cada música e afigura-se como um elemento fulcral, de extrema ligação entre todos os membros da banda. Pedro Geraldes, elevando a sua guitarra no ar, alterna entre um ar mais calmo e a loucura do rock, e finalmente André Henriques canta-nos com alma, a sua, a da banda, de todos nós, cumprindo com distinção a sua tarefa na guitarra, e sorrindo ocasionalmente, como se estivesse a tocar no céu.
"Partir para ficar" foi a primeira "prenda" oferecida pela banda. E que bem que foi recebida! Hélio e Cláudia ( porta vozes da banda neste concerto) interagiam com o público entre cada tema, fazendo agradecimentos e atendendo ao bom humor. "Partir para ficar" foi uma prenda perfeita e o público respondeu com energia, quase tanta quanto a que a banda deixava em palco.
À quinta música chegamos à maior "surpresa" das novas músicas. "Elevador" é um conjunto de sentimentos electrizantes, dando ao público a sensação de que os Linda Martini cresceram imenso e conseguiram fazer o que é muito raro numa banda deste tipo, dar um salto perfeito entre os seus sons próprios (música underground), para algo mais "directo", algo que agrade a quem não conhece a banda. A transição foi perfeita e este "Elevador" expressa tudo num curto espaço de tempo. Entretanto, a banda dá tudo o que tem e mostra-nos porque é considerada uma das melhores da actualidade. Ninguém deixa tanto em palco quanto eles, ninguém canta com tanta alma, com tanto sentido, com tanta genuinidade.
"Amor combate" é um regresso às origens e à ligação com os fãs de sempre. Eles agradecem e retribuem, com muitas palmas, com coros, com saltos e empurrões. O público começa a ficar mais eléctrico.
"S de Jéssica" é um registo um pouco mais calmo, mas que tem todas as características da banda. O seu som é bastante reconhecível, e apesar do novo álbum ter faixas mais curtas do que é costume para a banda, está lá tudo.
"Juventude Sónica", em claro tributo aos "Sonic Youth", é o regresso ao bom rock, à criação de novos sons, de novas energias. A ligação com o público prende-se cada vez mais e é já notória a evolução da banda. "Ameaça menor" faz a ponte para aquela que é uma das melhores músicas da banda, "Cronófago". A loucura instala-se e o público aumenta a sua garra, interligando-se com o palco, com os músicos. "Este mar" origina um novo sentido de ligação, novo amor entre a banda e o público. "Queluz menos luz" é uma referência óbvia as origens da banda e é recebida com aplausos. A grandiosidade desta música leva-nos a que "Belarmino" alcance o apogeu. Estamos perante uma banda única, que aposta num som forte e cheio de energia, através do que cada elemento tem para dar, formando um todo coeso e tão talentoso. As novas músicas surgem como lufadas de ar fresco, como uma necessidade de continuidade por parte da banda e uma necessidade de continuidade pelos fãs. Sempre ao seu jeito, os quatro elementos vão cruzando emoções entre si, mostrando porque mandam em palco.
"Cem metros sereia" termina com um palco inundado de amigos da banda, a cantarem ao microfone. A emoção da letra, cruzada com as pessoas em palco torna o momento algo único e demasiado tocante. Os Linda Martini são isso mesmo, um ponto de união entre as pessoas e a criação de letras simples mas com um significado bastante profundo. Com as novas músicas assistimos a uma evolução que supera em tudo as expectativas. Com este álbum os Linda Martini vão certamente atingir um topo maior, se é que já não o conquistaram.
O encore foi representado por dois grandes êxitos da banda, duas músicas que fizeram a banda crescer e com que os fãs também cresceram nestes últimos anos. Seja a repetir as letras pela rua, em casa, no comboio, ou a ouvi-las no carro ou no ipod. Os Linda Martini deixaram a sua marca e "Dá-me a tua melhor faca" e "O amor é não haver polícia" demonstram o que tem sido criado ao longo destes últimos anos.
"Casa Ocupada" passa assim com enorme distinção ao vivo, sendo um álbum efectivamente de rock directo, mas cheio da alma da banda, tanto nas letras como na sonoridade. Este é um álbum poderoso e capaz de ombrear com os melhores álbuns da década.
A banda deu assim um espectáculo imenso, que não será esquecido por quem os viu. E a nível musical, Portugal pode sorrir novamente.

Linda Martini @ Lux (29-10-2010)


Setlist:
1. Nós os outros
2. Mulher-a-dias
3. Amigos mortais
4. Partir para ficar
5. Elevador
6. Amor Combate
7. S de Jéssica
8. Juventude Sónica
9. Ameaça menor
10. Cronófago
11. Este mar
12. Queluz menos luz
13. Belarmino vs
14. Cem metros sereia

Encore
15. Dá-me a tua melhor faca
16. O amor é não haver policia


Texto: João Miguel Fernandes
Fotos: Hugo Rodrigues

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Dead Combo no Cinema S. Jorge

O Cinema S. Jorge, em Lisboa, recebeu ontem os Dead Combo acompanhados pela Royal Orquestra das Caveiras para uma noite de atmosferas densas, sombrias e ao mesmo tempo festivas. É assim a música dos Dead Combo quando têm em sua companhia a pianista Ana Araújo, o baterista Alexandre Frazão, o saxofonista João Cabrita, João Marques no trompete e Jorge Ribeiro no trombone.

Com uma sala completamente esgotada, foram várias as vezes que, quer Tó Trips quer Pedro Gonçalves, a dupla responsável pela banda, manifestou o seu espanto por estarem a tocar para tantas pessoas.

O palco, devidamente decorado para o efeito, com flores vermelhas em vários ramalhetes dispersos pelo palco, diversas malas e outros componentes cénicos espelhavam o pano negro pendurado ao alto nas costas dos artistas com o nome da banda, do lado direito a bateria e do lado esquerdo o piano colocados de frente para o centro do palco, onde estariam Tó Trips e Pedro Gonçalves, e por trás destes, num plano um pouco mais elevado, estaria o espaço que seria ocupado pelos instrumentos de sopro.

Quando as luzes baixam e começa a tocar o tema de introdução ao concerto, espera-se a entrada dos Dead Combo em palco, o que viria a acontecer após alguns segundos de 'suspense' planeado, a dupla Tó Trips e Pedro Gonçalves ocupou então o centro do palco, e começam um concerto que percorreu toda a discografia da banda, com direito ainda a alguns temas novos, como por exemplo, Nat, e não net de internet, explicou Pedro Gonçalves.

A Royal Orquestra das Caveiras acaba apenas por entrar ao fim de 6 temas, em Cuba 1970, e não mais a dupla central iria ficar sozinha em palco, comunicativos q.b. os Dead Combo explicaram alguns dos temas tocados, de onde destaco o Lusitânia Playboys, que é dedicado a todos os que vão ao Cais do Sodré à noite, O Assobio, canção que Tó Trips pensava ser sobre o assobio de seu avô, mas que afinal é sobre o assobio de Vasco Santana e ainda a música Cacto, que nos é indicada como possivelmente a primeira música a ser feita pelos Dead Combo.

Para o encore ficou reservado um vôo de Lisboa para Berlin, uma visita ao deserto e uma última paragem em Malibu, com o guia Tó Trips a apontar-nos a falta de uma feira popular.

E embora não houvesse uma feira popular (e é um facto que se deixou morrer a única que havia) em Lisboa, entretenimento não faltou na noite de ontem, a música dos Dead Combo é quase como uma banda sonora para um filme, um filme que é construido mentalmente por cada um de nós à medida que ouve e interpreta as melodias que nos são apresentadas.

E é por isso que, ao terminar o concerto, e pensando na viagem sonora por que se passou, não consigo deixar de pensar que se a minha vida fosse um filme, um dos temas teria que ser composto por estes senhores, e acho que isso diz muito.

Dead Combo & Royal Orquestra das Caveiras @ Cinema São Jorge (26-10-2010)


Setlist:
1. Janela
2. Putos a Roubar Maçãs
3. Esse Olhar Que Era Só Teu
4. Sopa De Cavalo Cansado
5. A Menina Dança?
6. Cuba 1970
7. Manobras de Maio
8. Desert Diamonds
9. Mr Eastwood
10. Temptation
11. O Assobio
12. Eléctrica Cadente
13. Nat
14. Lusitânia Playboys
15. Canção do Trabalho
16. Old Rock'n'Roll Radio
17. Rodada

Encore:
18. Lisbon/Berlin
19. Cacto
20. Malibu Fair

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terça-feira, 26 de outubro de 2010

Nuno Prata na Fnac do Chiado

Nuno Prata, projecto a solo do ex-baixista da banda portuguesa Ornatos Violeta, lançou ontem o seu segundo álbum de originais. Deve Haver foi ocasião para um showcase de apresentação do disco perante um auditório da Fnac do Chiado completamente cheio.

Acompanhado ao vivo por Nico Tricot e António Serginho, foi possível escutar alguns dos temas que compõem este Deve Haver, incluindo o single que já roda pela rádio, Essa Dor Não Existe.

Nuno Prata @ Fnac Chiado (25-10-2010)


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segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Jameson Urban Routes - Dia 3

Ao terceiro dia do festival Jameson Urban Routes, a acontecer no MusicBox, a festa chegou em grande estilo, e pela noite a dentro, foi uma casa esgotada que recebeu Noiserv, Toro Y Moi e El Guincho.

Depois da passagem pelo festival Milhões de Festa no Verão deste ano, foi a primeira vez que estes dois últimos projectos actuaram em Lisboa, e a julgar pela reacção, provavelmente não tardará a acontecer de novo.

David Santos teve a tarefa algo ingrata de iniciar a noite de concertos, uma vez que em alguns pontos do concerto o público parecia mais interessado em conviver do que realmente escutar a música, mas nada que esmorecesse quer quem estava em cima do palco, quer aqueles que estavam fora dele e que estavam no MusicBox também para poderem ouvir algumas das música do novo EP de Noiserv (A day in the day of the days), e alguns dos temas do álbum anterior (One Hundred Miles from Thoughtlessness).

Noiserv @ MusicBox (23-10-2010)


Toro Y Moi, projecto de Chazwick Bundick, que se fez acompanhar por um baterista e um baixista, foram os senhores que se seguiram em palco, e aqueceram, ainda muito que timidamente a 'pista de dança' que iria pegar fogo durante El Guincho.

Toro Y Moi @ MusicBox (23-10-2010)



Foi então durante a actuação de El Guincho que a loucura se instalou, e todo o MusicBox foi uma entidade dançante, com rasgos de crowdsurfing, algum mosh e o comboio de pessoas que parecia ter tido inicio em Barcelos, no Festival Milhões de Festa, e como que se por magia não tivesse havido um intervalo de alguns meses, apenas terminaria ali, em Lisboa, no MusicBox.

El Guincho @ MusicBox (23-10-2010)


De referir ainda que o concerto terminou em apoteose. Pablo Díaz-Reixa indica-nos que a última se chama Milhões de Festa, e uma música outrora tratada por Antillas, é agora o hino que ficará para sempre na memória de algumas pessoas e que começou a ecoar por um MusicBox completamente cheio e à espera daquele momento.

sábado, 23 de outubro de 2010

Common Fluid na Fnac do Chiado

Os Common Fluid começaram ontem na Fnac do Chiado uma mini tour pelos auditórios das fnacs do país, contando por enquanto apenas com datas conhecidas em Lisboa, esta banda apresentou-se ontem no registo normal, onde o rock é rei, e apresentou algumas músicas do seu álbum Tremor, nos outros auditórios no entanto, os showcases terão um contorno mais calmo, num semi-acústico que promete mostrar uma faceta diferente daquilo que os Common Fluid podem fazer, a não perder portanto.

Datas:
29 de Outubro - Fnac Almada Forum (22h)
30 de Outubro - Fnac Cascais Shopping (16h)
30 de Outubro - Fnac Alegro (21h30)

Common Fluid @ Fnac Chiado (22-10-2010)


Setlist:
1. Whale Song
2. Numskull
3. Mid-Air Collision
4. Placenta
5. Nicotine
6. Oxygen


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sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Murdering Tripping Blues na Fnac do Chiado

A promover o mais recente Share The Fire os Murdering Tripping Blues, trio de blues de contornos rockabillies, actuaram ontem na Fnac Chiado numa versão ligeiramente mais suavizada. Felizmente nada que tenha obstado à entrega e qualidade da banda e que a tenha impedido de soar tão crua e visceral como mais nenhuma outra banda blues em Portugal.

Com dois anos a separá-lo do álbum, Blues Knocking At The Backdoor Music, foi sobre Share The Fire que incidiu a grande parte do showcase, com as canções a soar tão bem ao vivo como em álbum, talvez melhor, com especial destaque para Broken Lovers , e ainda tempo para se ouvir "Modern Times, So Simple", do álbum anterior , que não importa os anos que passem há-de ser sempre moderna.

Murdering Tripping Blues @ Fnac Chiado (21-10-2010)



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Texto: Jorge Almeida
Fotos: Hugo Rodrigues

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

OFFBEATZ Lisboa #009


O OFFBEATZ Lisboa regressou na noite de ontem, e nesta primeira edição pós-férias o lugar escolhido para acolher o evento foi o MusicBox. Numa edição que contava com a apresentação dos videoclips de dois dos mais promissores projectos nacionais, os Linda Martini e Noiserv, para além da actuação das bandas Os Pinto Ferreira e Macacos do Chinês, não foi de estranhar que o MusicBox estivesse muito bem composto de pessoas, quem sabe aliciadas também pela entrada livre proporcionada pela organização do OFFBEATZ.

A abrir a noite, e antes dos concertos propriamente ditos, houve então a exibição de Mr. Carousel e de Mulher-a-Dias, os vídeos que acompanham os temas de Noiserv e Linda Martini, respectivamente, e uma sessão de perguntas de respostas sobre os mesmos aos artistas.

Em relação a Mr. Carousel, David Santos explica-nos que foi uma opção lógica optar por fazer o videoclip em animação, uma vez que vai ao encontro daquilo que é um pouco o seu projecto, incorporado com os desenhos de Diana Mascarenhas, seja no artwork dos cds ou nas projecções durante os concertos. Indica-nos também que para uma animação deste tipo e com a duração da música (cerca de 3 minutos), em conjunto com o realizador, levou cerca de 1 mês e meio de trabalho para que estivesse terminado o vídeo.


Noiserv

Outra das curiosidades entre a audiência, tanto para um vídeo, como para o outro, prendeu-se com questões de financiamento e apoios para a realização de um projecto destes.
Sem nunca falarem em valores, tanto Noiserv como Linda Martini contaram com a ajuda de amigos para a realização destes videos, e por isso mesmo admitem que o valor não foi tão alto como seria caso não tivessem este apoio, no entanto, para David Santos, que vê o seu EP editado pela Optimus Discos, não há um apoio propriamente dito da editora, uma vez que a mesma serve apenas como plataforma de lançamento, e não existe todo aquele trabalho normal que uma editora, no verdadeiro sentido da palavra, faria. No caso de Linda Martini, existe algum apoio da Lisboa Agência, mas continua a ser um encargo para a banda, que partilha despesas.

Aos Linda Martini foram ainda colocadas algumas questões de moda (os calções curtos), de geografia (porquê o Alentejo?) e de compreensão da letra (a corrida é uma metáfora para algo? onde está a mulher-a-dias no vídeo?).
Por partes, e passando a questão dos calções curtos à frente, uma vez que foi gravado no verão, em pleno Alentejo e exigia-se roupa confortável para correr, a Claúdia diz-nos que a escolha do Alentejo (Estremoz) acaba por ser um bocado óbvia pois é um sítio relativamente perto e com áreas livres e desertas, o que seria indicado para o que pretendiam fazer.

Em jeito de brincadeira, Hélio responde às perguntas de interpretação da letra deste tema e revela que "a mulher-a-dias faz dias que não vem", e que no dia do vídeo foi um desses dias, e daí ela não aparecer. Em relação à corrida, é-nos dito que não é necessariamente uma metáfora para algo, mas que no entanto fazia sentido para a banda, uma vez que a gravação de um disco é isso mesmo, uma corrida em que cada um segue para o seu lado e depois converge num só sentido.


Linda Martini

Findo estas apresentações, era altura de passar para as actuações ao vivo da noite, primeiro Os Pinto Ferreira, banda que começa a fazer furor com o seu single Violinos no Telhado, e que apresentou 4 músicas ao público presente na sala, como aliás fariam também os Macacos do Chinês. Os Pinto Ferreiro estarão de volta ao MusicBox para um concerto mais longo no dia 31 de Outubro.

Os Pinto Ferreira @ MusicBox (20-10-2010)


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Aos Macacos do Chinês coube encerrar a noite e continuar com a festa criada no público pelos Pinto Ferreira, algo que foi conseguido uma vez que uma das forças desta banda é mesmo essa, a capacidade de criar empatia com o público e de conseguir que existam corpos dançantes na audiência. Rolling na Reboleira, a Machadinha e Fala Bem foram alguns dos temas que a banda apresentou na noite de noite, em que houve também direito a uma música nova.

Macacos do Chinês @ MusicBox (20-10-2010)


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segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Azevedo Silva na Fnac do Chiado


Apresentando o novo álbum, Carrossel, Azevedo Silva terminou em Lisboa a mini tour pelas fnacs do país. E foi assim que, como quem ansiava por esta oportunidade há algum tempo, o auditório da Fnac do Chiado se encheu de pessoas para dar as boas vindas e para saudar o regresso deste artista aos concertos na sua cidade.

Acompanhado em palco por Filipa Vale (violino/violoncelo), que tem acompanhado Azevedo Silva nesta tour e também participa em Carrossel, o showcase começa com um tema do álbum anterior, e é Die Mauer que abre as hostes musicais da tarde. Finda a música, juntam-se em palco os outros dois músicos que têm acompanhado todas estas datas pelos auditórios fnac, e podemos então encontrar em palco Nuno Silva (baixo) e Bruno Martins (guitarra/percussão) a completar a formação.

Ao segundo tema aparece-nos Dona Solidão, música que abre o novo álbum de Azevedo Silva. Álbum esse que ainda não está disponível, mas irá estar brevemente, diz-nos o próprio durante o concerto, e assim percebe-se que estes showcases são um pouco para aumentar as expectativas e criar alguma burburinho nas pessoas antes de realmente o disco poder estar disponível.

A partir deste ponto são-nos apresentadas uma a uma todas as músicas que compõem o Carrossel, e podemos verificar que é um Azevedo Silva mais maduro que se apresenta em palco perante nós, a essência da sua música perdura dos álbuns anteriores, e o seu à vontade e maneira de estar também, mas é na forma em como arriscou e ambicionou nestes novos temas e em como pensou estes espectáculos que realmente marcam uma diferença, e é nesse sentido que os três convidados têm um papel importante nesta actuação, e nos temas tocados.

O cantautor está igual a si próprio, liricamente os temas do álbum voltam-nos a submeter para uma atmosfera mais sombria, mas é aí que Azevedo Silva se sente confortável, no inconformismo de quem tem algo para dizer e de quem ambiciona mais, mas sempre com os pés bem assentes na terra, e demonstra-nos isso de uma maneira muito própria, seja através da forma como nos interpreta e expressa o sentimento das músicas, seja através da boa disposição contagiante com que se dirige ao público entre elas, contrastando e equilibrando aquele sentimento algo triste que nos é transmitido pelos temas, ou até mesmo quando no final do concerto, dá atenção a todas as pessoas que querem trocar dois dedos de conversa com alguém em quem se revêem, de uma forma ou de outra, ou apenas passar uma mensagem.

Julgo poder dizer que o sentimento geral de quem assistiu a este showcase é o de que a primeira volta dada no Carrossel tem um saldo bem positivo, e que muitos, onde me incluo eu, estamos já à espera para poder andar de novo.


Azevedo Silva @ Fnac Chiado (17-10-2010)


Setlist:
1. Die Mauer
2. Dona Solidão
3. Carrossel
4. Bússola
5. A Democracia será vingada no Rossio
6. Desassossego
7. A Mãe
8. Manel Cruz e a canção da canção triste

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sábado, 9 de outubro de 2010

Barafunda Total na Fnac do Chiado


Os Barafunda Total apresentaram esta tarde o seu novo álbum de originais, A Grande Conspiração, no auditório da Fnac do Chiado.
Não é de todo habitual poder ver estas bandas com influências mais punk/hardcore em digressões ou showcases pelos auditórios das fnacs, mas se isso é verdade, também é verdade que o habitual, o rotineiro, aquilo que está supostamente instituído existe para questionar, e dentro do possível 'contrariar'. A banda que diz nunca ter tocado para uma plateia sentada, refere isto também ao longo do concerto, há espaço para todo o tipo de música, e por isso, porque não?

Apoiados nisto, os Barafunda Total tinham um auditório bem composto, com pessoas de várias faixas etárias a apoiá-los e aplaudi-los, o que para quem não está no seu elemento natural, deve saber bem poder ter este tipo de apoio. A banda, essa, fez jus ao nome, e fora algumas dificuldades técnicas (uma corda partida no baixo por exemplo), ultrapassou o desafio e apresentou várias músicas da Conspiração, com a energia e força que a música assim o exige.

Barafunda Total @ Fnac Chiado (09-10-2010)

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sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Slimmy na Fnac do Colombo


A Fnac do Colombo recebeu ontem Slimmy no seu auditório para mais uma apresentação e promoção do novo álbum da banda Be Someone Else, lançado em Maio de este ano.

Slimmy @ Fnac Colombo (07-10-2010)


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