sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Black Death de Christopher Smith, 2010


O truque do realizador foi simples: Pegar num actor que tenha desempenhado um bom papel secundário num qualquer filme de sucesso e tentar adapta-lo a uma história diferente, mas no mesmo contexto.
Desta forma, Christopher Smith pegou em Sean Bean, o actor que interpretou o Boromir do Senhor dos Anéis e deu novamente vida a um personagem em tudo similar a Boromir.
Não quero enganar as pessoas, este filme nada tem a ver com o Senhor dos Anéis nem com o próprio Boromir, mas a personagem de Sean Bean foi construida totalmente à imagem do personagem daquele fantástico mundo de fantasia.
O filme passa-se em 1368, alguns anos após o inicio da Guerra dos Cem anos. O cenário é negro e cruel, devido à Peste Negra que dizimou 1/3 da população europeia. O caos e a morte estavam lançados pelas aldeias e cidades. Consta porém, que numa aldeia a peste negra não é capaz de entrar e matar todas as pessoas. Nessa aldeia em particular nada de mal se passa e os seus habitantes continuam a viver normalmente, passando ao lado desta crise. Este é o cenário geral, mas Ulric(Sean Bean) sabe que não é bem isso que se passa. Nessa aldeia há um necromancer que faz renascer os mortos, num possível pacto com o diabo. Cabe a Ulric e o seu grupo, apoiados por um jovem monge (Eddie Redmayne), capturar esse necromancer e descobrir a verdade por detrás dessa aldeia.
A sinopse é simples e clara e alude claramente para a fantasia, apesar de no próprio filme a fantasia não existir minimamente.
Como pontos positivos destaco o ambiente geral do filme, sempre pintado de negro e morte por todo o lado, o que nos leva a nós, espectadores, a sentirmo-nos envoltos naquele ambiente misterioso. Como ponto positivo destaco também o papel do jovem Eddie, caracterizando um monge que cometeu um pecado, apaixonou-se por uma mulher, e que através da narrativa é conduzido a várias confrontações morais.
Do lado negativo está a realização, sempre muito atrapalhada, com câmaras em movimento que só dificultam a percepção de quem quer ver o filme. Destaco também o pouco desenvolvimento do personagem de Ulric, o que é sem dúvida de lastimar.
Estamos perante um filme simples, negro e que não vai além do banal. Vale a pena ver se nos sentirmos interessados por aquela época.

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