sábado, 17 de julho de 2010

Clash of the Titans, de Louis Leterrier, 2010



Se colocarmos este "Clash of the Titans" na categoria de blockbusters, filmes de acção sem intuito pedagógico, ou filmes de entretenimento puro, então estamos a colocá-lo na categoria certa.
Como em todas as categorias, há bons e maus filmes. Neste caso não é diferente e se não podemos dizer que este filme é um filme perfeito do ponto de vista de um blockbuster, também não podemos dizer que seja um mau filme. Os erros deste filme são um pouco a repetição do que tem acontecido aos blockbusters dos últimos anos, uma tentiva de imitação dos filmes de entretenimento dos anos 80. Só que a transposição de décadas saiu prejudicada e a violência que caracterizava os filmes de acção dos anos 80 desapareceu dos ecrãs, tornando as coisas muito mais artificiais.
"Clash of the Titans" é um bom filme de entretenimento, que é capaz de nos entreter durante a sua duração, sem grandes exageros argumentativos ou formas de encher a história. A verdade é que falha onde quase todos os blockbusters dos últimos anos têm falhado, na densidade dos personagens. Actualmente os filmes de acção têm um sentido mais rápido, de dar mais ênfase à acção própriamente dita e não aos personagens, fazendo com que o filme perca assim qualidade. Tudo isto aliado a um uso abusivo da alta tecnologia, tornam o filme menos bom.
Contudo, tendo em conta o que se tem feito nos últimos anos, este "Clash of the Titans" supera as expectativas. Se todos os filmes de "pipoca" fossem assim, os cinemas estariam certamente mais cheios.
Em analogia com o filme original de 1981, não perdemos muita coisa. Os tempos são outros, os actores também, mas a tecnologia e a forma de fazer cinema também. Confesso que sou um admirador da fantasia mais clássica, dos efeitos mais antigos, que tornavam tudo um pouco mais genuíno, mas também não é por aí que um filme perde muita qualidade.
"Clash of the Titans" é um bom filme de acção, com um ambiente negro e uma história interessante. É pena que não tenha personagens cativantes, num um argumento muito desenvolvido, mas é o suficiente para nos prender ao ecrã naqueles minutos em que nao precisamos de usar muito o cérebro.

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