24 City
Jia Zanghe-ke, 2008
Um retrato social e temporal de uma China em célere evolução será aquilo a que se poderá sintetizar este documentário de Jia Zanghe-ke. O pano de fundo recai na cidade de Chengdu, que durante décadas albergou uma fábrica de munições e motores para a Força Aérea chinesa. Vários testemunhos reais que se interpelam, culminando na demolição total do espaço onde essas histórias se desenvolveram, em diferentes espaços cronológicos.
Essas ruínas, imbuídas de memórias, que nos são trazidas pela mão de três gerações diferentes, servirão para a evolução económica da cidade, erigindo, aí, um complexo habitacional moderno e hotéis portentosos: a Cidade 24.
Jia não pretende facultar visões políticas. O realizador pretende mostrar o lado humano, o lado do coração, e as emoções vigentes nas recordações de quem passou pela fábrica, e também dos descendentes vindouros que subjacentemente foram afectados, o impacto que o avançar do interesse ecomómico tem numa cultura, numa família e numa vida. Jia é um cronista visual da China galopante no espaço evolutivo. Ao longo dos anos, Jia vem mostrando os passos de um país em constante revolução interna. Desde "Still Life" ou "Plataforma", os trabalhos mais marcantes do cineasta.
Um país com um forte traço capitalista, mas ainda em choque com um comunismo disfarçado. É isto, a Cidade 24. China pós-revolução, com acompanhamento sonoro de músicas Pop, ganhando estas outra dimensão quando adjacentes a passagens de memória, e aos poemas intercalantes do irlandês W. B. Yeats, carregados de um simbolismo protuberante.
Essas ruínas, imbuídas de memórias, que nos são trazidas pela mão de três gerações diferentes, servirão para a evolução económica da cidade, erigindo, aí, um complexo habitacional moderno e hotéis portentosos: a Cidade 24.
Jia não pretende facultar visões políticas. O realizador pretende mostrar o lado humano, o lado do coração, e as emoções vigentes nas recordações de quem passou pela fábrica, e também dos descendentes vindouros que subjacentemente foram afectados, o impacto que o avançar do interesse ecomómico tem numa cultura, numa família e numa vida. Jia é um cronista visual da China galopante no espaço evolutivo. Ao longo dos anos, Jia vem mostrando os passos de um país em constante revolução interna. Desde "Still Life" ou "Plataforma", os trabalhos mais marcantes do cineasta.
Um país com um forte traço capitalista, mas ainda em choque com um comunismo disfarçado. É isto, a Cidade 24. China pós-revolução, com acompanhamento sonoro de músicas Pop, ganhando estas outra dimensão quando adjacentes a passagens de memória, e aos poemas intercalantes do irlandês W. B. Yeats, carregados de um simbolismo protuberante.
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