quinta-feira, 27 de maio de 2010

Grizzly Bear no Coliseu dos Recreios



Neste momento os Grizzly Bear já não serão propriamente uma banda desconhecida para a maioria das pessoas, podem se calhar não os reconhecer pelo nome, mas seguramente que a música que possuem num conhecido spot publicitário não passa despercebido a quem a ouvir. Mais do que um hype, os Grizzly Bear provaram ontem no Coliseu dos Recreios em Lisboa que têm talento, muito, e que nem por ser a primeira vez em solo nacional se deixam atemorizar.
Não é por isso de espantar que tenha sido um Coliseu cheio a receber esta banda norte-americana composta por Edward Droste (voz e guitarra), Daniel Rossen (voz, guitarra), Chris Taylor (baixo) e Christopher Bear (bateria). Com um palco decorado de uma forma extremamente simples, mas muito bonito, com apenas umas cruzes altas de onde descaíam uns frascos com lâmpadas no interior, a música da banda ganhava ainda mais força, e juntamente com um jogo de luzes bastante bom também, criava um espectáculo visual bastante interessante para complementar a música que se ia fazendo ouvir.
Música essa que dobra a energia do que se ouve no álbum, e é de uma forma exímia que nos é entregue todo o setlist, está lá tudo, reproduzido fielmente, cheio de intensidade e competência. Houve ainda tempo para que entre as canções a banda comunicasse com o público, fosse para os já tradicionais elogios ao país, fosse para expressar o desejo de fazer uma tour em Portugal de 5 em 5 meses, ou ainda para confirmar a notícia que tinha sido divulgada umas horas antes, de que teríamos de novo Grizzly Bear em Portugal para uma actuação no Festival Super Bock Super Rock em Julho.
O concerto acabou com um encore de uma música, algo que não parecia estar planeado sequer, mas que resultou num dos pontos altos do concerto, uma versão em acústico da All We Ask acompanhada pelo bater dos pés do público no solo, que compassadamente se juntaram à banda, e foi assim, em apoteose geral, que os Grizzly Bear se despediram do público de Lisboa.

Palavra ainda para a primeira parte do concerto, uma viagem pelo mundo exótico e algo esquizofrénico de Cibelle, que com a sua voz doce a contrastar com os ruídos animalescos dos samples, nos trouxe um punhado de canções de amor, e alguma dose de bom humor e boa disposição, que nos prepararam para o que ainda havia de chegar.

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