segunda-feira, 17 de maio de 2010

Alive



Sem procurarmos muito às vezes tropeçamos em bandas que nos deixam a distinta sensação de que ainda ouviremos falar delas, daquelas que nos fazem dizer “ estes rapazes vão longe” e sem que nos apercebamos ficamos com aquele sentimento de orgulho próprio de um visionário que vê em relação a uma banda um futuro que outros nem tão pouco imaginam.

Este quarteto Lisboeta dá pelo nome de Alive e carrega nos ombros o legado do heavy-rock dos 70's com influências de Led Zeppelin, Black Sabbath e Ac/Dc, enquanto pisca o olho a sonoridades mais próximas de uns Pink Floyd e, em momentos diferentes, ao grunge e post-grunge dos 90’s, e ao de que genial se fazia por terras lusas, vulgo, Ornatos Violeta.
Um rock musculado, riffs entusiasmantes e uma cuidada composição de canções, nunca sequer roçando o pretensiosismo de quem só faz musica se for difícil tocar. Ao vivo trazem consigo uma energia frenética de quem em palco está no seu elemento natural, fazendo-se acompanhar de grandes temas que familiarizam o público aos quais juntam as suas originais que transportam consigo aquele feeling de que não estranharíamos ouvi-las numa qualquer rádio.

Individualmente qualquer um tem imensa qualidade, se em alguns momentos é a guitarra que transporta a musica o baixo nunca fica atrás e é em covers, como Punk Moda Funk, que surge com mais pujança. Ao vivo o baterista mostra que tem as lições de Bonzo bem estudadas e não se faz de rogado quando toma as rédeas do concerto durante os solos. Finalmente a voz que harmoniza e envolve todo este conjunto numa consistente e compacta artilharia de som.

Poderão escutar no myspace da banda apenas quatro músicas, pelo que se recomenda vivamente tentarem ouvir ao vivo enquanto não chegam melhores e mais gravações. Mas para já fiquem-se com músicas como Wasted, a fazer lembrar uns Stone Temple Pilots e Alice in Chains, e Outbreak , cuja melhor descrição que encontro é a de “Offspring on steroids”.

Tudo isto é Alive e recomenda-se.

Myspace de Alive

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