quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Anathema @ Teatro Tivoli (Review + Fotos)


Num dos primeiros dias de Novembro, em que o Inverno se tinha recolhido momentâneamente, á entrada do Teatro Tivoli as castanhas assadas eram um aperitivo para a noite que se seguia. Com uma entrada tímida dentro da sala, sem lugar para muitos histerismos, pouco a pouco se foram preenchendo os lugares, que quase esgotaram na sua totalidade. Algumas músicas de Led Zeppelin exortavam pelo espaço, com algumas interferências devido ao sound-check.


Pouco depois das 21h, Slamo, uma banda portuguesa, entram no palco, tocando um som pesado, e vocalmente agressivo. Tocam menos de meia hora, ainda a sala estava a meio gás, com muitas pessoas a aguardar fora da mesma.

Ás 22h sobe ao palco, o prato principal, Anathema, para gáudio de todos, e aqui sim, ecoa alguma exaltação. "De pé" é a palavra de ordem dada pela banda. Alguns aplaudem e sentam-se de novo, mas logo todo o povo não resiste a obedecer. Rasgam as bajulações com Deep, do albúm Judgement, de 1999, certamente a altura que deu a conhecer a banda a muitos dos que preenchem o público, pois a maioria já está longe de ser adolescente.






A banda de Liverpool decidiu por bem reproduzir o novo albúm na íntegra durante esta tour, o que perfez mais de duas horas de concerto, com um entusiasmo tanto da banda como do público que nunca foi abaixo. Ora em momentos de mais pujança melódica, ora em sonoridades mais melancólicas, todo o espéctaculo foi uma constante comunhão entre banda e audiência. O trio Cavanagh mostrava um semblante claramente estarrecido com o empenho desmesurado de quem os tinha ido ver naquela noite. Para quem se encontrava nas filas mais dianteiras, era vísivel nos olhos de Vincent a admiração com que fitava de uma ponta á outra toda a sala, á qual teceu elogios pela sua beleza arquitectónica.



Além da entrega a cada música, muitas com mais de 10 anos, mas que trazidas a nós com tanta energia e vivacidade, pareciam ter sido feitas recentemente, os irmãos mostraram-se bem dispostos, dizendo piadas, como por exemplo, que "Panic", tinha sido escrita pelos bonecos desengonçados que estavam encostados á bateria.

Já passava da meia-noite, quando alguém grita "Angelica", e no lado contrário se ouve "Lost Control", e Vincent faz uma espécie de leilão, o "quem dá mais", pondo todo o Tivoli a pedir músicas para o encore. Terminam com Fragile Dreams, um clássico, e demoram até abandonar o palco. Não querem deixar um público tão aficcionado como é o português. Fica a promessa de uma próxima visita.







setlist:

Deep
Pitiless
Forgotten Hopes
Destiny Is Dead
Balance
Closer
A Natural Disaster
Empty
Lost Control
Destiny
One Last Goodbye
Panic
Temporary Peace
Flying
Thin Air
Summernight Horizon
Dreaming Light
Everything
Angels Walk Among Us
Presence
A Simple Mistake
Get Off, Get Out
Universal
Hindsight

Are You There?
Angelica
Fragile Dreams


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