sábado, 10 de julho de 2010

Os Videojogos que nos levam além



Qual é a verdadeira importância de um videojogo?
Além do entretenimento banal, na minha opinião os jogos devem tentar ir um pouco mais além. Claro que não falo de jogos como Pro Evolution, ou WWE Smackdown, em que existe um objectivo exacto, mas sim de jogos que têm a capacidade de oferecer esse "além".
Nasci em 1988, e como tal sou daqueles que se iniciaram com uma velhinha Sega Mega Drive. As recordações que guardo dessa consola são quase como se fosse o chefe da minha família na altura, o senhor da casa. Marcou-me profundamente e ofereceu-me um entretenimento sem par, como jogos como Sonic, Rocket Knight Adventures, Streets of Rage e Golden Axe. Porém, não me levaram mais além, deram-me apenas o entretenimento e marcaram a minha infância por terem existido nesse mesmo período, aquele que é o mais marcante de todos.
Anos mais tarde tive a oportunidade de possuir uma Playstation, e tanto que ela me divertiu e encantou, com jogos fantásticos como Crash Bandicoot, PES 2, Residente Evil, etc
Mas é aqui que entra a outra parte que falo desde o inicio, o "ir mais além". Em jogos como Final Fantasy ou Metal Gear Solid ( principalmente os Final Fantasy), senti-me a desenvolver-me como ser humano, do ponto de vista criativo e expressivo. Estes jogos deram-me uma nova noção de fantasia, misturada com imensas analogias e metáforas da vida real, tudo em lições estruturadas da vida do quotidiano. Foram, sem dúvida, mais além.

Não sei se é da idade, se é de andar mais desactualizado, mas estas coisas já não me "tocam" como antigamente. Um jogo de agora passa-me completamente ao lado, ou porque achei que deram demasiada importância aos gráficos do que à história, ou porque servem apenas para roer e deitar fora. Se analisar tudo em volta, talvez o mercado geral se tenha tornado assim, ou então é a idade a pesar e a tentar travar a minha vontade de querer ainda sentir como uma criança.
Uma coisa tenho a certeza, certos jogos levaram-me mais além e isso nunca poderei apagar, fica comigo no meu (sub)consciente infantil.


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