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sábado, 9 de abril de 2011

Concerto dos Marte no bar Come Ponto Come

O rock progressivo puro ainda vive! E vive actualmente em Setúbal. É verdade, os Marte, uma nova banda de rock progressivo, influenciada directamente pelos King Crimson e Yes, apresenta uma sonoridade bem marcada do rock progressivo clássico e delicioso dos anos 70.
O concerto no bar come ponto come neste Sábado serviu para divulgarem uma vez mais o seu som. Sendo uma banda recente, é natural darem um concerto com entrada gratuita. O que me revolta um bocado é ver bandas bastante mais inferiores aos Marte a tocar em palcos enormes, e ver uma banda deste calibre a tocar num espaço minúsculo. De qualquer forma, acredito que eles vão lá chegar.
Tecnicamente a música já não é como antes. As bandas perdem mais tempo a tentar "perceber" a própria música e a expressar-se. Os Marte são um exemplo de pureza musical misturada com técnica apurada e deliciosa. Para os nossos ouvidos são mesclas emocionais do bom rock progressivo, misturadas com alucinações estapafúrdias.
Em jeito de apresentação, encaminharam-nos para uma louca viagem pelos anos 70. As 4 músicas tocadas, todas elas com pelo menos 10 minutos, relembram-nos tempos distantes, onde a música não tinha um conceito metódico nem "comercial". Perdemo-nos no seu som e eles deixam-nos lá ficar.
Ao vivo a banda ganha uma enorme energia, sendo que o órgão ,tão típico em bandas como Genesis ou Pink Floyd, explode ainda mais ao vivo. O resto também é fantástico, muito por culpa dos grandes músicos. Não podemos esquecer que estamos perante ex-membros dos Monogono e Porn Sheep Hospital.
Quem gosta de Rock Progressivo não pode deixar de ouvir os Marte. Quem gosta de música também não. Por isso venham ouvir e boa viagem:

terça-feira, 29 de março de 2011

Marte - Nova banda de Rock Progressivo

Quer se queira ou não, a cidade de Setúbal tem sido responsável pelo nascimento de bandas/músicos bastante talentosos que se espalham por todo o país e criam verdadeiros núcleos de fãs em várias cidades, ou até mesmo por todo o país. Exemplos como More Than A Thousand, The Doups, Mazgani,Hills Have Eyes e Ella Palmer, são apenas alguns entre muitos. Entretanto a nova vaga de bandas tem crescido e algumas começam já a dar que falar.
E é exactamente de uma dessas novas bandas que venho aqui falar hoje.
Chamam-se Marte e tocam rock progressivo como não ouviamos há muitos anos. Daquele "old school" bem ao estilo dos Genesis de Peter Gabriel ou dos King Crimson. É verdade, Setúbal está a mudar e o estilo musical da cidade também.
Os Marte, formados este ano, contam com três membros dos ex-Monogono (Renato Sousa, Daniel Domingos e Gonçalo Santos) e Francisco Caetano, ex-vocalista e guitarrista dos Porn Sheep Hospital. Destas magnificas e já extintas bandas surgiram os Marte, um projecto completamente novo.
O seu estilo não podia ser mais óbvio, o rock progressivo que tanto encantou nos anos 70. Na música dos Marte esse rock progressivo continua clássico mas agora bem fresco, redefinido, apesar de não ter perdido as suas influências.
As três músicas que ouvi definem-se também por serem de rock espacial, bem ao estilo clássico. Todas as músicas são viciantes e altamente bem produzidas, tanto do ponto de vista técnico como melódico.
Apesar de não terem vocais, os Marte conseguem cativar-nos bastante e criar um ambiente fantástico, próprio de um qualquer filme de ficção cientifica dos anos 70/80.
Setúbal produziu ouro novamente, agora é aproveita-lo.
Atenção, estão perante uma pérola fantástica que só comprova uma vez mais que a música feita em Portugal já está ao mesmo nível, ou num patamar acima ao que se produz lá fora.
Senhoras e senhores, eis os Marte:

Facebook:
http://www.facebook.com/pages/Marte/200930896597148

Página do Soundcloud:
http://soundcloud.com/martebandrock

quarta-feira, 23 de março de 2011

Rock Progressivo - Antes e agora mas nunca comercial


No final dos anos 60/ inícios de 70 surgiram várias bandas de rock progressivo. Algumas misturavam elementos psicadélicos, outras elementos sinfónico. A verdade é que qualquer que fosse a banda, quando apareceu estava sempre deslocada do seu tempo. Primeiro porque a sua sonoridade era completamente díspar do que se fazia naquela época. O rock progressivo corta o ambiente dançavel dos anos 60/70 e atira-o para um meio negro, crepitante e de trevas. Claro que nem todas as bandas de Rock Progressivo tinham que passar por esta etiqueta, mas era comum.
A verdade é que estamos em 2011 e até mesmo hoje o Rock Progressivo é algo que não é comercial. Não é tão estranho como naquelas décadas porque já o conhecemos e de certo modo já estamos habituados a ele, mas nunca o Rock Progressivo foi comercial, nem mesmo nos dias de hoje.
Como é natural na evolução da música, actualmente existem inúmeras bandas de rock progressivo, mas nenhuma que seja comercial. E qual será a razão de tudo isto?
Como explicamos que as pessoas se sintam sem vontade de ouvir músicas de 8, 12 minutos sobre fantasia, metáforas, algo complexo e tenham um desejo imenso de ouvir música electrónica de 2 horas? Qualquer sociólogo banal explicaria este fenómeno como sendo causa da evolução tecnológica e das sociedades, que agora se vêem sem tempo para apreciar devidamente algo. Mas isso é mentira.
Nos anos 60/70 mal existiam telemoveis, quanto mais internet. As pessoas tinham todo o tempo do mundo para ouvir música ou estarem no café. E mesmo assim o Rock Progressivo não se tornou comercial.
Seria então altura de analisar a sua qualidade técnica, vocal e dos seus instrumentos. Mas até mesmo aí qualquer tese falha. No geral a voz das bandas de rock progressivo é melódica, logo bastante audível para qualquer fã da música em geral. O instrumental é aperfeiçoado e bastante cuidado, com guitarras técnicas e baterias com os tempos mais certos que um relógio. Se existem milhões de pessoas a ouvirem homens a berrar, porque é que não ouvem Rock Progressivo?
Há uma qualquer explicação mágica neste sentido, mas não consigo chegar a um resultado óbvio.
É claro que o leitor menos atento me vai dizer, "Então e os Pink Floyd, e os Genesis, toda a gente os ouve!". Pois bem, é verdade. O que o leitor não sabe, porém, é que os Genesis iniciais, com o Peter Gabriel na voz (sim, não foi sempre o Phil Collins) são os verdadeiros Genesis do Rock Progressivo. E que esses não são de modo algum comerciais. Os Genesis só são super famosos nos dias actuais porque o senhor Collins decidiu transformar a banda em algo pop-rock, com algumas influências do rock progressivo. Quanto aos Pink Floyd, bem, além das músicas de rock directo, ou as românticas, que músicas de rock progressivo dos Pink Floyd é que o leitor conhece? Provavelmente muito poucas. De certeza que já ouviu todos os 23minutos da música Echoes mais do que uma vez? Não me parece.
O Rock Progressivo continua a viver mas continua também à sombra do pior que se faz na música. Para quem gosta resta relembrar os Genesis, King Crimson, Yes, Pink Floyd, Supertramp, entre muitos outros. Para quem gosta resta ouvir e ver os Porcupine Tree, Tool, Dream Theater, entre outros.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Mothership - Preview do EP


Os Mothership colocaram recentemente um preview do seu EP, intitulado "Silversun", no seu Myspace. Através desse preview temos, em quatro minutos, oportunidade de visitar o EP nos seus melhores momentos. Creio que é impossível não ficar entusiasmado pela qualidade que nos é apresentada, pelos pormenores e pela diferença. Esta diferença é importante, porque marca a originalidade. Para Portugal este é um som inovador. Não quero denegrir a imagem musical de Portugal ao dizer que o som é inovador, mas é um facto que o rock/metal progressivo não abunda no nosso país.
Venham vocês escutar e dar uma opinião. Eu que já ouvi o EP posso dizer-vos, Portugal chegou ao topo.

Review do EP para breve.

ps: a capa sofreu algumas alterações, nomeadamente no chão e fundo, mas esta é uma imagem similar ao produto final.

Preview do EP aqui:

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Porcupine Tree - Voyage 34



Voyage 34 é o nome de um single lançado pelos Porcupine Tree em 1992. Apesar de ser uma única música ( com 30 minutos), está dividida em duas partes ( Phase 1 e Phase 2).
A música descreve a viagem de Brian após ter consumido LSD. É a viagem psicadélica pura. Além de Brian, a música tem falas de outras pessoas que estão habituadas a consumir LSD.
É uma música que vai buscar muitas influências à primeira fase dos Pink Floyd, ainda com Syd Barrett na voz.
Mais do que uma música, Voyage 34 é uma descrição dos efeitos secundários do LSD, que tanto pode ser visto de forma a prevenir-nos contra o uso, ou a incentivar-nos.
Musicalmente temos uma obra fantástica, com bastantes efeitos e uma guitarra tipicamente "Steven Wilson", o mentor de todo este projecto.
Voyage 34 acaba mesmo por ser uma viagem, sem ser necessário consumirmos LSD. É uma viagem para qualquer amante de rock, que tenha uma mente aberta e perceba a definição de conceptualidade e do rock progressivo psicadélico.
Mais uma obra prima da mente de Steven Wilson.

"Is this trip really necessary?"